sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Receitas de fim de ano - parte 2: Magnum Opus

Continuando a série de receitas de fim de ano, venho aqui lhe apresentar a minha obra prima do ano. Na verdade, é a coisa mais maravilhosa que já fiz na cozinha em toda a minha vida... e olha que eu digo isso sem nem ter provado ainda!

O nome original da receita é "Pavê Classic de Maracujá", e você a encontra aqui, no site da Nestlé. Obviamente, eu me utilizei de liberdade poética na minha execução.

Apesar de estarmos no último dia do ano e não dar tempo de usá-la como sugestão para sobremesa das festas, atesto logo que ela fará sucesso em qualquer ocasião, inclusive você pode usá-la para seu próprio entretenimento pessoal ou para simplesmente fazer inveja aos mais próximos (o que também cai na categoria anterior).

Nota: Como sou subversiva, na minha versão da receita não foi usado nenhum produto Nestlé!


Ingredientes

- 200g de chocolate de cobertura para derreter (na receita original, pede um tablete de chocolate, e eu não sei quanto é isso, então usei aquela tora de chocolate da Lacta para recheio/cobertura, na qual cada quadradinho tem 50g).

- 1 caixa de leite condensado (395 g, segundo a caixa)

- 2 caixas de creme de leite (200g cada)

- 100g de suco de maracujá concentrado (vulgo: um saquinho daqueles de polpa congelada devidamente derretida, em temperatura ambiente)

- 1 pacote de biscoito champanhe

- 200 ml de leite

- Um saquinho de 50g de pó para chantilly



Modo de Preparo


Comece derretendo o chocolate em banho maria.

Para quem não sabe fazer isso (sim, o blog é para dummies), é simples: pegue uma panela com uma certa profundidade (eu não tenho a mínima idéia de capacidade de panela, mas eu acho que é da média... maior que um papeiro, claro, menor que hmm... uma panela de pressão pequena) e bote água. Não muito, apenas para cobrir o fundo, porque não queremos inundar o chocolate de água. Quando a água estiver fervendo, desligue o fogo e encaixe uma vasilha de vidro na panela e coloque o chocolate (devidamente picado, vale salientar, não com os quadradinhos inteiros). Se for muito chocolate, vá derretendo por partes. Deixe o calor fazer a sua parte.

Se você se utilizar na mesma fonte de chocolate que eu, no verso da embalagem ensina direitinho como fazer. Isso geralmente é válido para todas as barras desse tipo. Afinal, essa é a razão de ser delas.

Depois do chocolate derretido, coloque uma caixa de creme de leite e misture bem, até ficar aquele creme de chocolate que promete saciar seus desejos mais obscuros. Por enquanto, porém, você vai deixá-lo ali.

Vencida esta parte, você pode tanto ir pra o preparo do creme de maracujá, ou para o do chantilly. Provando que sou capaz de multitasking, fiz as duas ao mesmo tempo. :P

Para o chantilly, siga as instruções do saquinho. No meu, dizia para misturar o pó com 100 ml de leite bem gelado, e bater (na batedeira) primeiro 1 minuto na velocidade mínima, depois 3 minutos aumento gradativamente a velocidade. Bem, eu não obedeci exatamente esses tempos, afinal, estava fazendo outra coisa ao mesmo tempo, e também não tenho idéia de quanto tempo gastei, mas pelo visto, quanto mais você bater o chantilly, melhor. Por favor, note que, quando eu digo isso, não me refiro a passar horas batendo, e sim apenas alguns minutos adicionais, na faixa de 3 a 5.

O creme de maracujá é, na verdade, um mousse. Suco de maracujá, creme de leite (a outra caixa) e leite condensado. Misture tudo no liquidificador. Aqui também vale a regra de quanto mais tempo melhor (com as mesmas ressalvas que fiz acima, só que um tempo ainda menor para o mousse, digamos, no máximo, exagerando muito, 5 minutos... ok, 3 minutos.) primeiro na primeira velocidade (aquela de bater massas), depois aumenta. Se bem que acho que isso de alterar as velocidades do liquidificador pra mousse é frescura minha. Bata na velocidade que quiser, pelo tempo que quiser, e seja feliz. Não esqueça de uma indicação muito importante para ver se o negócio está certo ou errado: aspecto visual. Se estiver com cara de mousse, é porque é. Isso vale para tudo (ou quase tudo) na cozinha.

Então com todos os cremes preparados, pegue seu saquinho de biscoito champagne festivo, um pratinho raso com leite (pense que você vai alimentar um gatinho abandonado) e vá molhando os biscoitos (sem piada nenhuma).

Em um refratário de vidro (a indicação do site da receita original é de um reratário quadrado 21x21, mas o meu foi retangular, com medidas ignoradas... uma amiga fez essa receita em um refratário oval, então o formato realmente é o de menos, o importante é que a montagem da sobremesa caiba dentro dele), monte uma base com os biscoitos umedecidos (ui), criando um pavimento (daí o nome "pavê", tchanan!).

Então, em cima dos biscoitos, coloque uma camada do creme de maracujá, uma camada do creme de chocolate, e, por fim, o chantilly. Aviso logo que a adição do chantilly na receita transforma o conceito dela de "ótimo" para "excepcional". Se quiser, por cima de tudo, coloque raspas de chocolate, limão, ou do que você quiser colocar e acha que vai ficar gostoso. Eu como sou preguiçosa me limitei aos cremes.

Com tudo prontinho, bonitinho e arrumadinho, coloque na geladeira por cerca de 4 horas. O meu pavê está lá na minha, e só poderei ceder à tentação daqui a 2:30. T_T

Um conselho: não fique abrindo a geladeira desnecessariamente durante esse tempo, para "beber água" ou utilizando-se de qualquer desculpa esfarrapada que você pode inventar apenas para ficar admirando sua sobremesa. Isso só vai fazer com que você tenha que esperar mais.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Receitas de fim de ano - parte 1: Cookies!!!

Como diria Simone: "Então é Natal, e Ano Novo também..."

Ok, a letra não é exatamente essa, mas esse é um blog de culinária, não de música!!!

O que eu quero dizer é que, neste final de ano, estou planejando alguma aventuras gastronômicas que provavelmente serão reveladas nos mínimos detalhes sórdidos apenas para você, leitor deste blog. Preparem seus corações!

Pois bem, depois da chamada sensacionalista, vamos à receita da vez...

Estava eu de papo com uma conhecida americana, e ela estava me falando que andava muito ocupada com as festas de fim de ano na casa dela, e que teria que fazer alguns itens da ceia. Dentre eles, cookies. Logo eu me empolguei, pois adoro cookies (ah, Subway, cadê você quando eu preciso???) , e perguntei se ela sabia fazer mesmo... assim, de verdade. E ela disse que fazia cookies desde os 4 anos, e que tinha receitas de milhões de tipos diferentes...

Ou seja, estava falando com uma expert!

Não perdi tempo e pedi pra ela me dar uma receita fácil e rápida. Cookies para Dummies. E eis que lhes apresento nossa primeira receita internacional!!

E sim, ela me deu em inglês... eu já comecei a me preocupar quando ela perguntou se eu usava o sistema métrico... traduzir a receita já foi um desafio à parte...

Ingredientes

2/3 cup* of shortening - segundo o tradutor do Google, a quem eu devo creditar a co-autoria deste trabalho, "shortening" é "gordura". Depois de alguma abstração, eu imaginei que seria gordura vegetal... mas aí a dona da receita disse que eu poderia substituir por manteiga mesmo, que no fundo era a mesma coisa, só que manteiga tinha um sabor mais "rico".

1/2 cup of margarine or butter softened - Sim, margarina ou manteiga... se por acaso você for substituir o "shortening" por manteiga, eu recomendo o uso de margarina pra não ficar uma coisa tão pleonástica...

2 eggs - Ovos

1 teaspoon* of salt - Sal

3/4 cup of sugar - Açucar

3/4 cup of brown sugar - Bem... açucar marrom, imaginei eu, que seria açucar mascavo... é o único açucar de cor marrom que conheço :P

2 teaspoons of Vanilla extract - Extrato de baunilha... deve ser a mesma coisa que essência de baunilha, né? :P

1 teaspoon of baking soda - Por incrível que pareça (e segundo o Google tradutor), isso é bicarbonato de sódio... pois é...

3 cups of flour - Farinha!!! Eu perguntei se era de trigo, e ela me disse que era "all-purpose flour"... não tendo a mínima idéia do que diabo é isso, perguntei se era a mesma que se usa pra fazer bolo... então ela me disse que 1 cup(*) de "all purpose flour" menos 2 tablespoons(*) é igual a 1 cup (*) de farinha pra bolo. E sim, ela colocou através de "fórmula": (1c - 2tbsp). Basicamente, adiciona-se 2 tablespoons (*) para cada cup(*) da receita, se utilizar farinha pra bolo.

12 oz* of chocolate chips - Gotas de chocolate <3

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* Medidas

Ah, as medidas foram uma diversão por si só...

Cup: traduzindo, seria "copo" ou "xícara", mas eu sei que as coisas de lá tem o tamanho diferente das coisas de cá, então procurei no google e constatei que 1 cup = 250 ml.

Teaspoon: Colher de chá...

...

...

Agora que notei que traduzi errado quando eu fiz e errei na medida ><

(obs: alguém mais lembrou de Mary Poppins?? :P)

Tablespoon: Colher de sopa. E sim, eu confundi a colher de chá com colher de sopa...

Oz: Ok, fazendo a conversão... se 4 oz = 150 ml, então 12 é... (pega a calculadora)... 450 ml!!! Ou seja... 3 xícaras de chá ou 3 copos americanos... ou para os que carecem desse tipo de sofisticação, 1 copo e meio de requeijão... (segundo este site).

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Modo de preparo:

Pré-aqueça o fogo a 350 graus... se claro, seu forno for decente (diferente do meu) e você realmente puder ter noção de temperatura e estado de cozimento (diferente do meu). O tempo de pré-aquecimento é o tempo em que você vai preparando a receita...

Misture ovos, manteiga/margarina, gordura vegetal/manteiga, açucar, sal, baunilha e bicarbonato de sódio até tudo ficar bem... err... misturado :P Pode ser com batedeira (mais fácil), ou com uma colher de madeira (mais difícil). Se você está lendo a receita neste blog, não há dúvida em qual rota escolher...

Aí adicione gradualmente a farinha, e depois as gotas de chocolate.

Em um descoberta fenomenal, achei aqui em casa um copo de medidas "combo", que tem a marcação para sólidos e líquidos e seus correspondentes em ml, grama, e o diabo a quatro. Tudo o que você precisa para suas receitas... foi lá que eu medi os "cups"... chegou uma hora, porém, que acabei errando ao colocar a farinha no copo e passei (muito) da linha... foi aí que eu abstraí que medidas são para os fracos! (E levando em conta o fato que onde pedia colher de chá eu coloquei colher de sopa... vejo que isso foi o de menos...).

Por sugestão da dona da receita, e por amar chocolate, eu ainda coloquei 3 colheres de sopa de chocolate em pó, para, obviamente, ter como resultado cookies de chocolate!

E não, eu não encontrei gotas de chocolate :(

Utilizei-me, então, da dica do oráculo culinário e colaboradora (ausente) deste blog, Maja, que me disse pra eu colocar pedaços de chocolate, daquelas barras que se derretem pra fazer recheio e cobertura. Quando eu fui cortar os pedaços, não saíram pedaços, e sim raspas, então eu me dei por satisfeita em ter meu cookie com "farpas" de chocolate... obviamente, no final, tudo derreteu no forno, então não fez diferença alguma visualmente... sobre o gosto, bem... como direi... falo no final :P

Continuando a receita...

Em uma "cookie sheet" (nota do Google: assadeira), coloque "blobs" de 1 e meio "inch", separados por 1-2 "inchs" de distância.

Ok, respiremos, e vamos por partes...

O que seria um "blob"? Bem, é mais ou menos quando cai um pouco de tinta no chão, e fica aquela pocinha/círculo/mancha... pois é... é como uma gota espalhada... in casu, pegue a sua colher de sopa amiga, que está lhe acompanhando desde o início da receita, encha com uma quantidade de massa e jogue na assadeira, como se fosse um pedreiro rebocando parede... aí vc tenta dar uma uniformizada para conferir um ar de dignidade ao seu futuro cookie... eu descobri, porém, que não precisa se preocupar muito, porque no forno ele vai tomar sua forma característica por si só... salvo se você tiver amontoado a massa no canto da assadeira, porque aí ele vai ficar meio quadrado... ou se você não colocou uma distância decente entre os "blobs", o que faz os cookies se juntarem (no cúmulo da desobediência civil) e se tornarem um grande cookie do tamanho de sua assadeira...

Um "inch" é uma polegada. O que seria 2,5 cm. Como eu não estou frescando a ponto de pegar uma régua para cozinhar, usei a medida universal, o dedo! Pra não fazer (muito) feio, até usei meu polegar pra dar uma idéia...

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Nota: Isso me lembra um dia quando um amigo veio me perguntar quantas polegadas tinha o monitor de meu notebook. Eu olhei para as bordas da tela, para a parte de baixo onde tem as especificações, mas não encontrei nada que me revelasse tal informação. Então, medi as polegadas com meus polegares (dã), da ponta do dedo até a primeira junta, fazendo uma linha diagonal na tela. Não deu certo. Eis como se deu o diálogo aproximadamente:

Eu: Acho que são X (não lembro qto deu)...
Ele: Vc ACHA?
Eu: É... pelo que eu medi aqui com os polegares...
Ele: Vc MEDIU???

Pois é... não é só na cozinha que sou dummy...
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A receita deve dar uns 24 "blobs', se você for generoso com a sua colherada. Isso dá cookies grandes. Uma vez a postos, asse até o topo ficar firme e a parte de baixo ligeiramente marrom... LIGEIRAMENTE... no sentido de NÃO DEIXE QUEIMAR! Aí, tira-se do forno, coloca num prato e deixa esfriar antes de comer...

Obviamente, no meu caso, não foi bem assim...

Primeiro que, sem uma estimativa real de tempo de "assamento", eu não tinha como controlar o andamento da coisa sem ficar de vez em quando abrindo o forno e consequentemente, colocando tudo a perder com o escape de calor. Segundo, meu forno é daqueles de fogão que já cheira a queimado antes da coisa pensar em assar. Terceiro... bem... eu estava jogando wow, e tava upando em Stranglethorn Valley...

Ou seja, demorou pra assar mais do que deveria, eu não tinha idéia da temperatura que deveria colocar ali (porque fogo baixo, médio e alto, por mais que insistam, NÃO É UMA REFERÊNCIA VÁLIDA!!!), e eu ativamente estava ignorando odores suspeitos porque sabia que o forno estava me enganando.

Quando eu já tinha dado tempo de completar toda uma chain quest em Booty Bay, percebi que algo estava MUITO errado, e simplesmente desliguei o forno na esperança de que, apesar dos cookies ainda parecerem moles, eles ainda desfrutassem do calor residual aconchegante. Resultado: Cookies carbonizados.

Dos 24, salvaram-se 3. O cheiro de queimado está até agora aromatizando a casa inteira....

Feliz natal!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arroz colorido com calabresa rapidinho

Bem gente, essa receita não tem quantidade certa, porque é aquela que se faz com resto de comida, ou seja, uma gororoba rápida.


Ingredientes

Arroz branco cozido
Calabresa
Cenoura
Cebola
Sazon para arroz
Milho verde
Ervilha

Modo de preparo

Corte a calabresa em pedaços bem pequenos e coloque para fritar na própria gordura dela, ou seja, não precisa adicionar óleo, margarina ou coisas do gênero.
Rale a cenoura e a cebola e frite com margarina em uma outra panela. Adicione o sazon e deixe fritar um pouco. Adicione o arroz e misture bem. Coloque o milho verde, a ervilha e a calabresa frita. Misture e está pronto!

Essa receita é rápida, boa para quem tá com fome e está com preguiça de fazer algo mais elaborado. =)

domingo, 14 de novembro de 2010

Café Mania

Para os que lêem esse blog e efetivamente não me conhecem (se é que alguém ainda lê esse blog... eu pensei em colocar um contador pra verificar se a ausência de comentários se deve à preguiça do povo, mas eu não tenho um histórico muito bom com contadores de blog... eles são muito ansiógenos... além do mais, não é como se esse fosse o site mais atualizado do mundo...), eu sou uma pessoa facilmente suceptível a jogos online.

Geralmente, são os MMO. Na verdade, meus grandes vícios foram Ragnarok e WOW (e eu perdia muito tempo de jogo upando a skill de Cooking, enquanto que minha habilidade real de fritar um ovo era sofrível... pra você ver...). Agora estou tentando ver se rola um rapport com Lord of the Rings Online, mas para desgosto de alguns amigos que já estão se aventurando na Terra Média, no meu tempo ocioso, estou concentrando minhas atenções no Café Mania.

Quando essa onda de aplicativos começou, eu achei que era o prenúncio da decadência de princípios das redes virtuais de relacionamento. Não que o Orkut figurasse entre os modelos de idoneidade moral da Grande Nuvem* (e se você não sabe o que é isso, você está out, segundo um amigo meu), nem o Facebook na verdade, que foi quem inventou essas firulas pra tornar a visita a profiles mais apelativa, mas eu gostava de só ter um Orkut para ocasionalmente visitar as 2 ou 3 comunidades que acompanhava.

Aí veio o Café World (sim, o do Facebook), e eu me vi perdida. Daí, foi ladeira abaixo: uma tentativa vã com Mafia Wars, Colheita Feliz, Mini Fazenda (com direito a planilha de produção/lucro) e, agora, Café Mania (um revival de meu primeiro vício).

E o que isso tem a ver com esse blog? Ora, eu me divirto (not!) com a ironia subjacente de gastar tanto tempo cozinhando online quando na vida real ando com uma preguiça horrorosa de continuar com meu projeto de aprender a cozinhar de verdade (não que eu tenha desistido, é claro).

Nota: Para os que também jogam, aviso logo que estou precisando de vizinhos e que quero de presente as partes necessárias para montar as máquinas. Obg! :P

Eu estava procurando na internet dicas de como otimizar meus ganhos no jogo e vi que algumas pessoas unem o útil ao agradável e fazem a transposição para a realidade das receitas do aplicativo. Acho isso legal, e ao mesmo tempo um tanto psicótico. Não, não farei nada disso.

Se por acaso alguém se animar a começar a jogar aqui vão algumas dicas:

- Os nachos de queijo podem ser mais rápidos de se fazer (e por isso eu tenho certeza que são apenas com Doritos com aquele patê de queijo mega-blaster fácil que o Marlo ensinou aqui), mas o que vale a pena de início é o X-Tudo;
- Prenda seu cozinheiro e seus garçons com os fogões/ balcões/ mesas, para eles servirem mais rápido (eles não precisam ir até o cliente, isso só gasta tempo, eles podem fazer tudo através de telecinese);
- Quando você aprender Bobó de Camarão, é disso que você vai viver pelos próximos 10 níveis, por aí;
- E sim, existe uma planilha de produção/lucro/xp aqui.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Carê!!

Eu soube recentemente, para meu espanto e indignação, que há editores deste mesmo blog que OUSAM não gostar de curry. Acho isto um absurdo, dado o potencial gastronômico deste tempero inimitável, e, além disto, um infortúnio para a editora em questão, que perde em não apreciar o condimento.

Blue, tente de novo. O curry (ou carê, para os japoneses), é uma delícia!

Bom, uma vez gasto todo meu vocabulário no primeiro parágrafo, vamos ao que interessa. O fato é que já há algum tempo que penso em que maravilha da culinária semi-pronta eu poderia mostrar a vocês, leitores, mas as minhas últimas experiências não foram das melhores. Provei um produto novo da Maggi, um tipo de saquinho com temperos que dizia transformar o processo de assar frango no forno em algo fácil e limpo (prometia não sujar nem a assadeira), além de deixar a ave saborosa. Foi um fiasco que merece ser descrito com mais detalhes, então deixarei para outro post.

De qualquer forma, o assunto é curry. Curry é um tempero que é vendido em duas formas, em pó e em tablete. Nem sei como se usa em pó, mas o tablete é muito fácil. Basicamente, você faz uma sopa e acrescenta os tabletes, mais ou menos um para cada 300 ml de água. Fica um caldo grosso e gostoso (mais abaixo coloco uma receitinha). Normalmente eu compro no bairro oriental de São Paulo, a Liberdade, mas acredito que nos maiores supermercados também dê para encontrar. Abaixo tem umas fotos da marca que eu uso mais, a Golden Curry, que vem em três graus de picância:

Para meninas, o leve.


Nem cá nem lá.


Kratos.



AVISO: Este condimento é contraindicado para quem sofre de sensibilidade excessiva nas extremidades do tubo digestivo. Em qualquer uma delas.

O meu preferido é o mais power, que eu preparo ainda adicionando pimenta, mas sei que não é para todo mundo, muito menos logo de cara. Se você é iniciante nas artes pimentísticas, vá de leve e comece pelo médio. Se não gosta de pimenta (blé, fraco!), use o suave.

Dá para fazer o carê de diversas formas. Você pode simplesmente fazer um miojo e colocar um tablete nele junto com o macarrão (mexa bem para dissolver, demora um pouco). Você pode fazer arroz e colocar um tablete. Minha receita favorita é esta abaixo:

Carê do Marlo
  • 300 gramas de carne bovina (músculo) em pedaços;
  • 2 batatas médias;
  • 2 cenouras médias;
  • 1/2 cebola grande ou 1 média;
  • 2 pimentas dedo de moça (opcional);
  • sal a gosto.
Numa panela de pressão, refogue a carne até selar. Descasque e corte as batatas, cenouras e cebola em pedaços grandes e junte à carne. Adicione sal suficiente para temperar a carne e os legumes e coloque as pimentas. Ponha água como se fosse fazer uma sopa, o que normalmente dá até a altura dos rebites do cabo, numa panela de 4,5 litros. Tampe.

Uns cinco minutos depois de começar a sair vapor, desligue, espere esfriar, abra a panela e veja se a batata está macia. Provavelmente estará. Se não, volte ao fogo um pouco mais. Quando estiver pronto, coloque quatro tabletes de curry na água e mexa suavemente por uns 10 minutos. O caldo vai ficar mais grosso e amarronzado. O cheiro é característico e muito gostoso!

Pronto!! Sirva com arroz branco.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

1+1

Alguns dizem que cozinhar é uma Arte. Pra mim, hoje, foi matemática. E pra aqueles que pretendem argumentar que cozinhar também é uma ciência (ou no mínino um processo alquímico), eu digo que não cola. Eu nem considero matemática uma ciência...

Mas como eu ia dizendo, o produto culinário da vez foi resultado de um simples raciocínio lógico. Eu não tinha jantado, estava com fome e com preguiça, ou seja, era uma noite como outra qualquer. Decidi que era hora de admitir meu azar no Poker online e fazer algo para comer, então procurei iluminação na internet. Eu sabia que existia pizza de frigideira, e sabia que existia pizza de pão... então LOGICAMENTE, o google iria me fornecer com uma receita de pizza de frigideira feita com pão, fácil de fazer e que só tomasse 5 minutos de meu tempo. Voilá!

Ingredientes:

-1 pães amanhecido cortado em rodelas
-1/2 tomate picado em cubos ou rodelas
-1/2 cebola em rodelas
-2 fatias de presunto
-2 fatias de queijo mussarela
-azeite
-sal
-orégano
-água

Preparo:

Coloque sua frigideira preferida no fogo com um pouco de azeite, e ponha as cebolas para fritar. Existem ressalvas como "até dourar" ou "até ficar macia", mas como eu nunca cheguei a esse grau de desenvolvimento espiritual, eu apenas sigo a regra "não deixe queimar". Acrescente o tomate, o sal e o orégano e mexa mais um pouquinho. Para não grudar, coloque um pouco de água. POUCO. Isto é, menos do que você está pensando... você não quer empapar a pizza...

Aí você coloca o presunto. Ah, o presunto... eu tive um insight, enquanto estava comendo, que compartilharei aqui. Eu apenas coloquei as fatias de presunto por cima, mas depois pensei que ficaria legal se o presunto fosse moído, pra ficar bunitinho, em cima da pizza. Se alguém fizer assim, me conta o que achou ^^

Mas bem, depois do presunto, vem o queijo. Quanto a ele, eu recomendo colocar as fatias inteiras por cima mesmo, mas uma coisa que eu não fiz e que também acho que ficaria legal é espalhar, por cima do queijo, antes dele derreter, um pouco de molho de tomate.

Por cima de tudo, posicione as rodelas de pão, formando uma "base". Acho que todos aqui já percebemos que estamos montando uma pizza de cabeça pra baixo. Não a gente, a pizza é que está de cabeça pra baixo...

Aí vem a parte mais bizarra da receita. Depois de colocar tudo, desliga o fogo, pega um prato fundo e aperta a base dele contra o conteúdo de dentro da frigideira. Assim o pão vai absorver a coisa toda, formando um único item: sua pizza.

Só para constar, a pressão que se faz é leve (o peso do próprio prato deve bastar, eu acho, se for aqueles de vidro), e deve demorar uns 3 minutos, de acordo com o site do "Mais Você". Na hora, porém, eu ignorei completamente essa instrução, apertei o pão no "recheio" com força por menos de 10 segundos e virei o conteúdo no prato. Não ficou lá tudo junto e organizado, mas eu comi e fui feliz. Viva à sociedade alternativa!

domingo, 10 de outubro de 2010

Quick Fact: Como cortar cebola

Antes de fazer aquela faxina para tirar as teias de aranha e o limo que se aglomeraram devido a total inatividade deste blog, compartilharei um pequeno insight que tive ao ajudar minha mãe estressada com o almoço de domingo que começou a ser preparado às 13h.

Nota: E desde já, quero deixar registrado que a falta de posts não é culpa exclusivamente minha, e faço o apelo para os colaboradores deste blog... err... colaborarem :P

Bem, além de uma cozinheira incompetente, eu também sou uma assistente de cozinha incompetente. A minha utilidade maior (quando tenho) é lavar os pratos, mas como diria o narrador da estória de Joseph Klimberg: "Ah, a vida...". Então de vez em quando acontece de eu estar lá cortando verdura.

O meu maior problema ao executar essa tarefa, além da ansiedade de performance (já que minha mãe espera que tudo esteja picado 3,5s depois que ela mandou), é o fato de cortar cebola. Eu tenho todo o tipo de reações adversas e intensas: ardência nos olhos, lacrimejo, mãos coçando, e muitas vezes tenho que parar o processo e me afastar correndo desesperada para lavar mãos e rosto. Um verdadeiro martírio. Tanto é que passo muito tempo considerando a real necessidade daquele ingrediente na atividade culinária.

Hoje, porém, eu deixei a cebola para cortar por último, considerando realmente "esquecer" dela. No fim, decidi encará-la, e depois de parar o corte pela segunda vez, vencida a metade da uma cebola que eu deveria picar, voltei a mesa mas não me sentei, e decidi ser "macho" e terminar logo com aquilo.

O simples fato de continuar o corte em pé me fez maravilhas! Não senti mais nada! Foi como se me colocando numa posição bem acima dela, a minha clara superioridade na cadeia alimentar acentuasse sua insignificância enquanto simples vegetal. Não sei se funcionárá toda vez, mas agora a cebola tem razões para me temer, e não o contrário!

Take that, bitch!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Minha Tapioca

Após comer algumas tapiocas em João Pessoa, pensei em fazer, afinal parecia algo bem fácil de fazer. Procurei algumas receitas e como bom cozinheiro que sou, fui pela mais fácil e aparentemente mais simples.

O que levava a receita?
500g de polvilho doce
2 pitadas de sal
300 ml de agua.

Básico, 3 ingredientes, misturar tudo e pronto. para minha surpresa e decepção errei na água e coloquei pelo menos uns 100 ml a mais, e tava feita a porcaria. Ao invéz de ficar uma farinha endurecida que deveria ser peneirada depois, ficou uma líquido cremoso, e ai pensei e agora?
Coloco fora e desisto, ou vamos em frente? Parei por um tempo e fui almoçar, depois do almoço voltei ao líquido semi-cremoso que não me servia pra nada e resolvi fritar ele pra ver se saia algo que prestasse.

Peguei uma pequena frigideira, coloquei no fogo e fui colocando o líquido aos poucos, e foi se formando uma meleca estranha, mas notei depois da segunda que a parte interna da meleca estava endurecida e seca, ai notei que poderia ser a salvação da tapioca. Segui fritando aquela meleca toda e tentar salvar o dia depois. Finalizando tive uma série de discos grudentos com uma camada grossa de farinha endurecida por dentro.

Ai fui retirando uma a uma as melecas da volta, uma meia hora de trabalhoso e sujo serviço depois, consegui separar apenas as partes que tinham um tipo de farinha endurecida que poderia ser útil pra fazer a massa da tapioca. Então coloquei um prato de massa melequenta fora e parti para tentar livrar minha cara de péssimo cozinheiro.

Peguei uma peneira e comecei a esmigalhar os pedaços de farinha endurecida e peneirar. Notei que estava criando uma farinha parecida com farinha de mandioca, mas mais fofa, o que era um bom sinal. Depois de muito trabalho peneirando e esmagando a farinha consegui uma boa quantidade de material para fazer as tapiocas. Voltei ao fogão, acendi novamente o fogo e coloquei a frigideira. Aos poucos coloquei algumas colheres de sopa rasas da farinha na frigideira (era pequena, se fosse maior provavelmente precisaria de bem mais colheradas de farinha), dei uma alisada com a espátula pra ver se deixava um disco bonitinho e vi que começou a sair fumaça e o típico cheiro de queimado, ai virei com a ajuda da espátula e vi que tinha salvado o dia, porque criou um disco coeso de farinha, foi uma felicidade saber que apesar de todo desastre até aquele momento poderia salvar a minhas tapiocas. A receita deu uns 12 discos mais ou menos, imaginei que se não tivesse perdido parte da materia-prima deveriam dar umas 20 pelo menos. Pra terminar o teste, peguei uma banana e a dividi em 3, e coloquei cada uma das partes numa tapioca, coloquei um pouco de canela em pó e em seguida leite condensado.

E fui experimentar. bem... ficou melhor que eu esperava depois de tudo aquilo. Durante o dia tentei novas fórmulas de recheio, como presunto e muzzarela. Eu ia tentar com salamito e muzzarela, mas lembrei que o salamito estava no refrigerador a pelo menos uma semana antes da minha viagem a João Pessoa e não quis arriscar minha integridade fisica.

Uma coisa que notei, a tapioca tem q ser feita na hora porque depois começa a ficar dura e farinhenta, no dia seguinte é quase intragável. Se for fazer faça e a coma na hora, fica muito bom. Um conselho, faça bastante e não exagere na água, é preferivel por menos do que em excesso, porque pode causar um desastre, não deixe ficar úmido, e coloque apenas o suficiente para juntar a farinha, depois use a peneira para deixar soltinha e coloque a farinha resultante numa vasilha fechada de plastico e faça na hora de comer. O recheio pode ser doce ou salgado fica bom de qualquer jeito.

Bon Apetit...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Feijão com cheats

Oi, gente!

Seguindo a *vibe* de comida de verdade, trago a vocês o verdadeiro core do cotidiano culinário... literalmente, o feijão com arroz* da cozinha!

*No caso, só o feijão, porque o arroz já foi objeto de outro post...

E como aqui somos dummies (eu), preguiçosos (eu) e temos problemas com elucubrações gastronômicas (eu), também vou invadir a área temática do Marlo (tm) e propagandear um dos "produtos-interessantes-que-podem-ser-usados-no-dia-a-dia-sem-medo-de-ser- feliz"**.

** Vulgo, cheat.

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Essa á uma receita não-testada pessoalmente (ainda). Os detalhes me foram passados em primeira mão pelo autor, e, segundo relatos de sua irmã, depois dessa receita de feijão, almoçar virou a melhor parte do seu dia.

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Ingredientes:

- 3 xícaras de feijão (pra toda a sua família)
- 12 xícaras de água
- 3 folhas de louro
- 4 tabletes de tempero para feijão *** (o "Brasileirinho", sem conservadores)

*** E já que David deu a idéia: Knooooooooooooooooooor, estamos aí pra qualquer negócio!!!!

- 1 colher de pasta de alho (inclusive, as que se compram prontas em supermercados já vem com sal)
- 1 linguiça
- 1 tira de bacon
- Azeite
- Sal a gosto (uma pitada, na verdade, caso vc queira mais do que já vem na pasta de alho e no tablete de tempero)
- Tomate/cebola/pimentão a gosto, picado (opcional)
- Demais carnes de feijão (opcional)


Preparo:

A preparação é extensa, mas não é complicada, apenas necessita um pouco de planejamento prévio. Depois de separar os grãos (caso sua marca seja ruim e barata), coloque o feijão na água, dentro de sua panela de pressão favorita, para ficar de molho de um dia pra o outro: umas 12 horas de relaxamento e hidratação, para os seus feijões incharem e ficarem mais desejáveis esteticamente.

No dia seguinte, mais ou menos uma hora antes da hora em que você quer que ele fique pronto para comer, coloque 3 folhas de louro, sal (e se você quiser, eu acho, agora seria o momento das demais carnes que necessitam de um tempo de cozimento), e ponha para cozinhar na pressão por 30 minutos.

Depois disso, desligue o fogo e puxe o negocinho pra pressão ir saindo da panela. Enquanto isso, corte a linguiça e o bacon em pedacinhos bunitinhos e frite-os no azeite, com a pasta de alho e os tabletes de tempero. Se quiser, também, corte as verduras que gostaria de adicionar, mas, em termos de paladar, elas são desnecessárias, devido à tecnologia de alimentos**** (mesmo assim eu acho que dá um toque todo especial, caseiro, idealizado e pin up).

**** Os tabletes em questão substituem quase toda a sua necessidade de sabores a serem colocados, inclusive sal (mas eu recomendei colocar mais um pouco além disso, pros que gostam). Bem menos artificial que um BigMac, garanto.

Retire uma concha e meia de feijão (só os grãos), coloque num prato e amasse. Isso vai servir pra engrossar seu caldo e dar aquele ar de "hmmmmmmmmmmmmm, delícia!". Junte, então, com a sua bela fritura e as verduras (opcionais), e devolva à panela. Coloque no fogo novamente, na pressão, por mais uns 10 minutos, e corra pro abraço.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bifes 'Cremosos' do Anonymus

Não é de hoje que eu sou fã do Pinheiro Machado, o famoso Anonymus do Anonymus Gourmet. Já fiz essa receita sei lá quantas vezes, tantas que pra mim ela não tem mais nem medidas. Esses dias tava vendo o programa e a repetiram. Anotei pra postar aqui.

-4 bifes (o tamanho e a quantidade pode variar de acordo com a fome e/ou quantos forem comer);
-4 fatias de presunto (de acordo com os bifes);
-Queijo picado (eu uso o mussarela, mas pode usar outro que derreta bem. Fica um espetáculo com provolone);
-1 caixa de creme de leite;
-3 colheres de sopa de molho de soja;
-1 copo de caldo de carne (pode ser o de cubinho mesmo, se optar pelo caldo de carne é só ferver por muito tempo pedaços de carne. Eu nunca fiz assim);
-1 colher de sopa de farinha de trigo.

Bom, o molho e o queijo variam de acordo com a quantidade de bifes.

°Preparo°

-Em uma frigideira BEM quente, frita os bifes um por um até que fiquem bem dourados. Arruma todos no fundo de um refratário que caiba todos, sem botar um por cima do outro;
-No liquidificador bate o caldo de carne, o molho de soja e a farinha de trigo;
-Em seguida leva esse molho pra mesma frigideira dos bifes pra engrossar um pouco. Caso fique muito grosso, pode botar um pouco d'água;
-Tira do fogo, dá uns minutinhos e bota o creme de leite;
-Em seguida, bota as fatias de presunto por cima dos bifes, por cima delas o molho e pra terminar o queijo;
-Direto pro forno até derreter o queijo.

Acompanha arroz branco e salada verde.


Esse molho serve pra usar em carnes vermelhas em geral. Não necessariamente precisa ir ao forno!

X=****

(Sem foto dessa vez!)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Carne nova... Nham! X=D

Saudações amigos e conhecidos de sorte. Eu sou Olívia!

Por convite da adorável Mirtila, passarei a postar aqui.

Bueno, um pouco de mim, caso alguém se interesse! Meu nome é Olívia, moro no sul do Rio Grande do Sul. Entre meus interesses principais estão maquiagens, livros, música, jogos, filmes, internet, cozinhar e animais. Curso psicologia na Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG e estudo alemão! Tá bom por aí!

Como minha primeira contribuição vou passar uma sobremesa ridiculamente rápida e fácil de fazer que aprendi no programa da Nigela. Era sobre receitas de última hora, e achei tãão bacana, tããão bacana que resolvi compartilhar! Na dela leva glucose de milho, mas quando eu fiz não usei e ficou tri bom!


Sorvete com calda de pasta amendoim e chocolate da Nigela

ºCaldaº

-Meia lata de leite condensado;
-100g de raspas ou gostas de chocolate (pode ser ao leite ou meio amargo);
-3 colheres de sopa de pasta de amendoim (pode ser amendocrem [acho que é assim que escreve] mas se quiser, pode ser Nutella, creme de avelã sabe? Fica bom igual);
-3 a 4 colheres de sopa de água.

PS: Medidas são apenas sugestivas, então, calculem o quanto será gasto. Eu diria, pra 4 pessoas meia lata de leite condensado dá perfeitamente!

°Sorvete°

-O que quiser. Eu recomendo creme, chocolate ou crocante. Mas acho que qualquer um combina!

ºE tambémº

-1 pacote de amendoim torrado e salgado picado grosseiramente.

ºPreparoº

Antes de tudo, pega o amendoim, e passa em uma peneira, pra tirar o excesso de sal. Em seguida, pica grosseiramente. Pode ser em processador, quem não tem, pega um rolo de massa, bota o amendoim num saco e passa o rolo por cima. Quem não tem rolo pode ser um martelo limpo! x}

Em uma panela mistura o leite condensado o creme de amendoim e o chocolate;
Acende o fogo de médio pra baixo e mexe até o chocolate derreter e ficar uma mistura HOMOGÊNEA, muito importante. Mexe por mais ou menos 5 minutos ou até achares que tá tudo bom!
Mistura uma colher de água. Mexe. Vê se ficou em consistência de calda. Se ficou, o resto da água pode ser descartado. Se não, adiciona outra, mexe e acerta o ponto. Fica mais ou menos em consistência de calda de sorvete, aquela comprada pronta saaabe?

Arruma o sorvete como for melhor. A receita original pede por sundae, mas, cada um faz como quiser.

Bota o amendoim salgado por cima e tá feito.

Quem não gostar do contraste do salgado com o doce pode optar por amendoim sem sal. Eu achei que ficou uma combinação super bacana.

Espero que gostem!

X=***

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Receita 2 em 1: Chocolate Quente/Papa de Chocolate

Gostaria de dedicar alguns posts àquele tipo de receita que você começa fazendo uma coisa, e, por algum motivo aleatório do destino (tipo, você ter errado alguma coisa) sai outra. É o que eu chamo de "Receita 2 em 1".

E nesses dias frios de Julho, quando a vida ameaça se extingüir no Nordeste, resolvi ser chique e requintada e aprender a fazer Chocolate Quente. Eu não tomo café, desobedecendo minha herança genética, e sempre adorei uma queda de temperatura pra ter a desculpa de pedir um Chocolate Quente toda vez que me convidam pra uma Cafeteria. Digo, convidavam, porque não convidam mais. E sim, Catatau, essa será minha primeira menção a você neste blog. Feliz dia do amigo atrasado! :*

Bem, a receita foi meio pesquisada e meio inventada. Ei-la:

Ingredientes:

- 3/4 de uma caneca de leite (como sempre, uso desnatado)
- 2 colheres de chocolate em pó
- 1 colher de amigo de milho
- 1 colher de margarina
- 1 quadradinho daquelas barras de chocolate meio amargo para cobertura picado (que você derrete e é feliz)
- 1 apertão da caixa de creme de leite

Preparo:

Para facilitar a sua vida, dissolva o amido de milho e o chocolate no leite antes. Geralmente eu uso a própria caneca, e começo misturando com pouco leite, depois vou colocando mais, pra não ficar aquela coisa impossível de mexer propriamente. Aí, pega uma panela que comporte tudo o que você vai botar bela, derreta a margarina e coloque no fogo o chocolate picado e o creme de leite, só pra você ter um chocolate derretido, ou um wannabe ganache (sem conhaque).

Nota: Agora que aprendi essa palavra, adoro usá-la :P Obrigada, Elisa, por enriquecer meu vocabulário.

Continuando... depois de derreter o chocolate, adiciona ao fogo a mistura de leite, amido e chocolate em pó, e fique mexendo. Mexa, até ficar bunitinho, com aquela cara de gostoso e cremoso. Isso acontece em algum momento logo após as primeiras bolhas aparecerem depois do caldo engrossar. Se engrossar demais, vira papa. :P

Como toque final, pode-se colocar chantily por cima da caneca, daqueles prontos mesmo, que vêm em latas compridas que parecem de desodorante, nas quais vc aperta e faz barulhinho. Super emocionante :P

O meu chocolate quente/papa de hoje ficou especialmente gostoso, talvez porque foi feito com o último pedaço da barra de chocolate. Só não ficou melhor porque tive que usá-lo pra tirar o gosto horrível dos blocos de queijo ralado que mordia no patê de queijo mal misturado que tentei fazer (vida receita do post anterior).

terça-feira, 20 de julho de 2010

Patê de queijo ultra-mega-blaster-fácil

Além de cozinheiro de meia-pataca, sou jogador de RPG e gosto muito de live actions de vampire. Quem já foi sabe que é praxe os organizadores servirem alguma comida fácil e barata, porque rpgista deve estar no guinness como a raça mais pobre do planeta. A aversão ao gasto de dinheiro só é superada pela capacidade de processamento do estômago (dizem que alguns jogadores conseguem extrair nutrição de latas de cerveja e embalagens vazias de salgadinhos baratos).

O fato é que, numa destas ocasiões, os organizadores nos serviram torradinhas com patê e o de queijo estava particularmente gostoso. Patês não são minha especialidade, o máximo que faço é misturar atum em lata com maionese e limão (que, aliás, fica ótimo!), então achei que devia ser complicadíssimo. Mesmo assim, temendo uma decepção incapacitante, perguntei a receita para meu amigo Sade. Ele respondeu:

"Ah, Marlo, é complicadíssimo! Prepare-se para anotar, pegue uma caneta. Isso. Lá vai: para uma lata de creme de leite, misture uma lata de queijo ralado, aí... aí nada, tá pronto!"

E foi isso. E acreditem, fica bom. Segue abaixo estruturadinho para os mais metódicos:

Ingredientes:

  • Uma lata de creme de leite
  • Uma lata de queijo ralado (aquele parmesão de por em macarrão, pode ser do vagabundo mesmo). Aos menos familiarizados com cozinha, não, não se vende queijo ralado em lata. Você deve usar a lata de creme de leite mesmo, como medida.

Modo de preparo. Vou tentar fazer parecer uma receita digna de se pesquisar na Internet.

  • Abra a lata de creme de leite e coloque o conteúdo num pote. Encha depois a mesma lata com queijo ralado e coloque o queijo no mesmo pote. Misture bem as duas coisas, até parecer patê. Pronto! Sirva com torradas ou pão.

Não é legal? Agradecimentos especiais à Fernanda e ao Sade, pelo live bem legal (que acabou, infelizmente) e pela receita do patê!


Marlo

quinta-feira, 15 de julho de 2010

• Pudim de Liquidificador!


Olá pessoas...

Me chamo Ranúzia e sou a nova colaboradora do Blog! Como cozinheira eu sou uma ótima bailarina clássica mas o tempo de convivência com meu namorado Rodrigo, que ironicamente é estudante de Gastronomia, despertou uma vontade de me aventurar por esse.. Mundinho.
Pois bem, tudo começou quando eu estava voltando da idolatrada
Subway e minha querida Mari falou ao volante o quanto eu precisava criar vergonha na cara e aprender a cozinhar.Pensativa, mas não corajosa, refleti sobre o assunto até que no dia seguinte em uma conversa pela Cam com minha Gigia favorita, Kelly, ela me passou a receita salvadora que daria o ponta pé inicial nas minhas aventuras culinárias, um Pudim de Liquidificador!!
Então resolvi sair da frente do PC, e por a mão na massa!

Bom, os problemas começaram antes mesmo de separar os materiais, sim por que eu não salvei o log da conversa e minha memória é uma merda... a Kelly me fez o favor de passar novamente e eu novamente perdi a receita ¬¬
Mas tudo bem, resolvi seguir a intuição!

Ingredientes:
- 1 Latinha de Leite Condensado
- 1 Latinha de Creme de Leite
- 1 Vidrinho de leite de Coco
- 1 Gelatina sem sabor [Aquela que vem dois saquinhos sabe?!]
- Açuuucar

Modo de preparo:
Antes de tudo, fui fazer o mais importante, coloquei
Depache Mode bem alto pra tocar!! =DPeguei o ungido liquidificador e comecei a por o Creme de Leite e o Leite Condensado, daí lembrei da Gelatina..

Parada 01, A Gelatina: Peguei a gelatina e dissolvi na água fervendo, coisa do tipo meio copo americano de água ou será que era um copo... Enfim!

Coloquei ela dissolvida no liquidificador junto ao
Leite de Coco daí eu lembrei que no meio da receita tinha Caramelo e preparei logo! Não, eu não sabia fazer caramelo, mas eu li que na net e fiz...

Parada 02, O Caramelo: Coloca-se Açúcar na panelinha e deixa derreter, mas vai mexendo se não fica uma desgraça! Só pare quando ficar na cor de caramelo... É tipo um marrom meio mel! ASSIM

Daí depois de colocar os ingredientes no liquidificador é só deixa bater lá. Nessa hora eu fui dar uma olhada nas noticias do
São Paulo Futebol Clube e as mudanças no Morrumbi ai me lembrei do que Rodrigo havia me falado..
“ – Amor seu problema na cozinha é concentração...”
... daí eu voltei correndo pra cozinha e continuei a receita. Dica importante...
conceeentre-se!!!
Peguei uma forminha, melei o caramelo nela e coloquei o conteúdo muito bem batido. E lá foi ele pra geladeira... ficou lá mo tempão, tipo o resto da noite o.O Sim por que eu esqueci ele lá, mas quem achou comeu, falou que tava bom demais e quando eu comi, achei bom também =D
Pra ficar mais ou menos assim!




E não é que deu certo!

Bom, essa foi minha primeira receita feita sem a supervisão de adultos rs A primeira de muitas >: }



~* Raw

Twitter:
http://twitter.com/Ranuzia
Blog:
http://www.laperpetua.blogspot.com/

domingo, 11 de julho de 2010

A salvação dos preguiçosos

Aos leitores, olá!

Eu sou o Marlo, o novo colaborador aqui do Cozinha para Dummies. Como manda a educação, fazendo de conta que a conheço, vou colocar aqui uma pequena apresentação de mim mesmo, antes de enriquecê-los com as fantásticas e acachapantes elucidações gastronômicas que tenho para dividir (é, acachapantes parece um termo bom, seja lá o que for que significa).

Nasci em São Paulo, mas sou filho de mãe mineira. Meus avós paternos eram árabes, importados mesmo, então tire-se por aí meu gosto pela culinária... hmmm... não, para ser mais preciso, vem daí meu gosto pela comida. Infelizmente para a balança, o fato é que eu gosto muito de comida boa, e não tive escolha quando saí da casa de meus pais a não ser aprender a fazer eu mesmo as refeições que gostava. Ainda tem um muuuuuito chão antes de ter a habilidade de minha mãe e avós, se é que um dia vou atingir este nirvana culinário, mas, bem, me esforço.

Além da origem, a vida de dono de casa e posterior vida de solteiro me ensinaram dicas interessantes que facilitam a vida de quem gosta de um mínimo de qualidade no que põe no prato. São estas que pretendo dividir com vocês, leitores, aqui no Cozinha para Dummies. Afinal, ninguém espera se tornar um Cordon Bleu pesquisando na internet, não é?

Eu sei que os puristas vão se revoltar, mas o fato é que tem muita coisa boa que se pode utilizar vindo direto das prateleiras de supermercado. Não, não pense em me bater, é verdade! Olha só, a indústria da alimentação gasta MILHÕES pesquisando coisas que pode te ajudar a comer mais fácil, porque não aproveitar? Tente, tente, eu juro que não vou radicalizar e professar sobre o risoto de saquinho (eu SEI que tem gente que acredita nisto, veja este post), vou tentar mostrar que dá para usar o que se acha nas gôndolas para facilitar a vida.

Tudo isto para dizer que vou tentar focar minhas postagens em produtos interessantes que podem ser usados no dia-a-dia sem medo de ser feliz.

Para iniciar, uma dica para quem aqueles desafortunados que gostam do arroz mais temperadinho mas nunca acertam a mão. Eu, particularmente, às vezes gosto de fazer arroz só com sal, quando quero realçar o sabor da 'mistura', mas outras vezes é bom sentir um gostinho diferente. Se você está neste caso (inepto temperador com preferência por sabor mais acentuado), experimente o Meu Arroz da Knorr:



Leitores, acreditem, o tempero realmente é bom e facilita muito. Para cada xícara de arroz, um envelope, não precisa nem por sal. O sabor fica ótimo e ainda dá para variar entre o tradicional, o extra alho e o extra cebola. O mais impressionante, é que o extra alho tem realmente gosto de alho e o de cebola, pasmem, de cebola mesmo. Não é como os iogurtes de morango, que tem sabor de tudo menos morango.

Bom, fica aí a primeira dica. Espero que gostem e espero estar ajudando. Em breve posto mais, com mais algum produto que vale a pena.

Até lá!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Torta de Liquidificador II - o resgate de Ana Maria Braga

Depois do fiasco da minha primeira torta de liquidificador, eu resolvi seguir o lore das donas de casa brasileiras e consultei o oráculo "Ana Maria Braga". Ela, então, me forneceu uma nova versão:

Ingredientes

- 1 xícara e meia de (chá) de leite
- meia xícara (chá) de óleo
- 3 ovos
- 1 xícara (chá) de amido de milho
- 1 xícara (chá) de farinha de trigo
- meia xícara (chá) de queijo ralado
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- sal a gosto

Recheio: Carne moída, meio tomate picado, meia cebola picada, qtde indeterminada de salsa picada

Preparo:

Como sempre, liguei o forno pra pré-aquecer enquanto preparava tudo. O forno que tenho aqui em casa é aquele do fogão, que não permite saber exatamente a temperatura, então eu coloquei num fogo médio.

No copo do liquidificador, coloquei o leite, o óleo e os ovos, bati, e depois coloquei a farinha, o amido de milho, o queijo ralado e o fermento (químico mesmo, porque apesar da dica do Blargh de usar fermento biologico pra esse tipo de massa, eu ainda não tinha comprado :P), e bati mais. Notem que eu esqueci do sal, e sofri as conseqüências disso.

Aí fui arranjar o recheio. Peguei o resto de carne moída que tinha sobrado do almoço, coloquei mais tomate, cebola e salsa.

Depois, em uma assadeira de teflon(dessa vez eu untei com margarina e polvilhei com farinha, deixando de lado meus receios de me lembuzar), despejei o que julgava ser metade da massa, depois o recheio (que não ficou muito bem distribuído porque obviamente afundava e eu que nao ia ficar cutucando demais), depois mais massa. Como o queijo ralado tinha acabado, eu não pude dar o toque final, que é polvilhar por cima de tudo, mas se você dispor do ingrediente, faça isso.

Vinte ou vinte e cinco minutos depois, eu fui ver se a massa tava pronta, fazendo o teste do palito. Ele não saiu exatamente seco, mas a massa tava lá, linda, inchadinha, parecendo uma torta de carne de verdade, então como eu não queria estragar aquele milagre culinário queimando tudo, apaguei o fogo, deixei um tempo lá no calor enquanto lavava a louça, depois tirei.

Como disse, a torta ficou linda. Eu até desenformei, e ela saiu da forma belamente, inteira, como uma mocinha. Vocês não imaginam a minha alegria. Ela durou até o momento que eu comi o primeiro pedaço. Não é que ela estava ruim, mas estava sem sal, e pra piorar, com pouco recheio. Então já aconselho: seja feliz e exagere no recheio. E coloque queijo. Tudo fica melhor com queijo!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Omelete

Logo que comecei a prestar atenção em como as pessoas cozinhavam, quando eu ainda era uma prestativa criança de 9 anos de idade que tinha por passatempo ajudar a enxugar e guardar a louça e adorava isso (sim, eu era louca, mas agora vi a luz e ganhei sanidade...), notei que a receita da minha casa para omelete era algo complexo, que exigia ovo, farinha, liquidificador e etc.

Assim, quando, alguns anos depois, me peguei pensando em fazer omeletes (após jogar The Sims, obviamente), relembrei a dificuldade da coisa e desisti imediatamente de sequer tentar. Até que, em um café da manhã de um certo hotel de Recife com muitas estrelinhas, vi a mais fácil receita EVER de omelete.

Esta noite, com fome, me decidi a comer omelete com pão de jantar. E assim fui para a cozinha, separei os ingredientes que eu queria e comecei a aventura culinária.


INGREDIENTES

- 1 ovo
- Queijo mussarela à gosto partido em pequenos pedaços
- 1 fatia e meia de presunto de peru
- Sal
- Queijo parmesão
- Shoyu
- Azeite ou manteiga


MODO DE PREPARO

Quebre o ovo em um prato de sopa, pequeno vasilhame, recipiente fundo qualquer de sua preferência. Com um garfo, bata-o em movimentos circulares e consistentes, até que o ovo adquira uma consistência leve, aerada e bem... batida...

Acenda o fogo, em ponto médio ou baixo, derreta um pouco de manteiga em uma frigideira ou use um pouco de azeite, apenas para a omelete não pegar e jogue a batida de ovo dentro da frigideira. Coloque um pouco de sal (omelete insossa ninguém merece) e quando o fundo estiver começando a cozinhar (mas boa parte da omelete ainda estiver crua) coloque o recheio escolhido (presunto e queijo, pode ser frango, vegetais, etc etc).

Espere a omelete estar consistente o suficiente para ser virada (sem estar queimada né). Vire-a, espere ela terminar de dourar e voilá. Pronto, rápido e simples.

Eu acabei exagerando um pouco no queijo e na manteiga.... o que deixou a omelete mais mole e difícil de virar e conseqüentemente ela não acabou lá exatamente linda e perfeita no prato, mas estava relativamente apresentável e muito boa =D

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Food Films

Como dito no primeiro post, esse blog foi inspirado no filme "Julie & Julia". O portal "Hoje", do MSN, foi providencial ao trazer um artigo sobre isso, que eu copio e colo aqui, como boa plagiadora que sou:

Food Films

Food Films

por Veronica Schneider, redação ONNE
Dez filmes que dão água na boca

São Paulo, junho de 2010 – Se dizem por aí que o primeiro sentido que desperta o desejo de comer é a visão, os filmes sobre culinária capricham para nos fazer passar vontade em frente à televisão. Se você busca inspiração para comer ou preparar pratos deliciosos, ONNE selecionou dez longas-metragens que trazem a gastronomia como assunto principal.

Sabor da Paixão (2000)

Além de falar sobre a arte culinária, o filme traz Penélope Cruz e Murilo Benício, como seu par, numa produção da Fox gravada no Brasil. Penélope interpreta Isabella, uma jovem que vive em uma cidade da Bahia com Toninho (Murilo Benício) e tem o dom de aguçar o paladar e os sentidos de todos os clientes do restaurante de seu marido.

Enquanto seu talento fica escondido na cozinha, Toninho se apresenta no salão todas as noites, mostrando seu dom musical e seus encantos. Isabella decide, então, livrar-se do casamento e partir para São Francisco, nos Estados Unidos, para realizar seu sonho de tornar-se uma verdadeira e reconhecida chef de cozinha.

A Festa de Babette (1987)

Duas irmãs adolescentes, Martina e Philippa, vivem em um vilarejo na costa da Dinamarca com o pai, um devoto pastor protestante que prega a salvação através da renúncia. Assim, as meninas sacrificam sua juventude e continuam mantendo os ensinamentos do pai entre os habitantes, mesmo depois de sua morte. Em uma noite de 1871, Babette, uma parisiense refugiada da guerra civil na França, bate à porta das irmãs pedindo trabalho e é contratada como faxineira e cozinheira.

Logo, a cozinheira tenta mudar a vida das irmãs e da cidade, então, oferece um banquete francês aos habitantes, mas isso escandaliza os moradores mais velhos do lugar. Assim, Babette começa a apavorar a cidade que se rende aos talentos da francesa. O filme rendeu ao diretor Gabriel Axel o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1988.

Tá Chovendo Hambúrguer (2009)

Quem nunca quis presenciar uma chuva de sorvetes, de balas ou qualquer outra guloseima? Nesta animação, a chuva da vez é de hambúrgueres. Isso porque Flint Lockwood, um cientista cheio de boas intenções, procura uma forma de acabar com a fome no mundo. Um dia ele consegue descobrir uma forma de transformar água em comida, só que precisa de bastante eletricidade para colocá-la em funcionamento.

Tudo parece perfeito, mas na cidade de Chewandswallow, uma pequena Ilha no Atlântico, começa a chover sopa, nevar purê de batatas e vem uma tempestade de hambúrgueres. O cientista só não imaginava que isso iria causar tantos problemas na cidade, como a destruição do parque de diversões que alavancaria a economia do lugar.

Sem Reservas (2007)

Um remake do alemão Simplesmente Martha, Sem reservas é estrelado por Catherine Zeta-Jones (Kate) e Aaron Eckhart (Nick Palmer). O filme é uma deliciosa história de amor que começa na cozinha, mas não é o caso de “conquista pelo estômago”, já que os dois, Nick e Kate, são grandes cozinheiros.

Chef de um sofisticado restaurante de Manhattan, Kate leva seu trabalho com muita seriedade. Já Nick é contratado para o mesmo lugar como subchef e Kate é obrigada a conviver com uma pessoa completamente diferente. O animado especialista em culinária italiana tenta alegrar a todos na cozinha e gosta de ouvir ópera enquanto trabalha. No final das contas, Kate acaba se rendendo aos encantos de seu novo parceiro.


Chocolate (2000)

Em 1959, Vianne, vivida por Juliette Binoche, e sua filha mudam-se para uma tranquila cidade rural francesa, onde abrem uma loja de chocolates artesanais, repleta de doces de dar água na boca. Vivian é mãe solteira e trabalha aos domingos, tudo isso faz com que a população queira expulsá-la da cidade, por achar que sua permanência poderia acabar com a moral e os costumes do lugar.

No entanto, sua misteriosa e quase mágica habilidade em perceber os desejos pessoais de cada freguês, e satisfazê-los perfeitamente com o confeito certo, faz com que os moradores se rendam a ideia de ter a moça por perto. Até que Roux, vivido por Johnny Depp, chega à vila e ela começa a reconhecer e se render a seus próprios desejos. Talvez este seja um dos filmes mais gostosos, afinal, Chocolate é uma boa pedida até mesmo pela telinha da TV.

Ratatouille (2007)

Qualquer um pode cozinhar! Essa é a maior lição dessa linda história da Pixar, que acontece em torno da vida de Remy, um rato que vive em Paris e sonha em se tornar um grande chef, e Linguini, o ajudante de cozinha do Gusteau’s, restaurante do falecido August Gusteau, herói culinário de Remy. Um dia, o ratinho percebe que o esgoto em que mora é exatamente embaixo do restaurante e decidi vistar a cozinha do lugar.

Assim, conhece Linguini e resolve ajudar o garoto, que não sabe cozinhar, a manter seu emprego. Os dois viram parceiros e Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini, indicando os ingredientes que ele deve pegar. Ramy prepara verdadeiras delícias, mas quem teria coragem de comer pratos preparados por um rato?


O Amor Está na Mesa (1998)

Assim como o ratinho Remy de Ratatouille, o personagem de O amor está na mesa, interpretado por Jason Lee, também precisará conquistar os críticos gastronômicos para reerguer um conceituado restaurante endividado.

O personagem é Loren, um jovem cozinheiro que serve pratos requintados na Marinha americana, mas é expulso de lá depois de discutir com um dos oficiais. Assim, Loren vende sua moto e vai tentar a carreira na França, conquistando a vaga de chef em um dos mais badalados restaurante, comandado pelo chef Louis Boyer e sua filha, por quem Loren se apaixona.

A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971/2005)

Para as crianças de hoje em dia Willy Wonka é interpratado pela assustadora imagem de Jhonny Depp. Na verdade, a versão de 2005 é apenas um remake do filme orignal lançado em 1971. O que importa é que as duas versões têm o mesmo enredo, que deixa qualquer um com vontade de comer um dos chocolater Wonka.

Mas, o sortudo da história é Charlie Bucket, um menino pobre, que acha um dos cobiçados "bilhetes dourados" que dá o direito vitalício aos deliciosos chocolates, além de poder conhecer a misteriosa fábrica Wonka. Assim, ele e mais quatro crianças começam uma aventura pelo local. O anfitrião, ao mesmo tempo que faz as crianças matarem seus desejos, as faz pagarem um preço por isso.


Estômago (2008)

O nordestino Raimundo Nonato foi para Curitiba na esperança de melhorar de vida. Contratado como faxineiro em um bar, logo descobre que possui um talento nato para a cozinha. Com suas coxinhas, o agora cozinheiro transforma o bar num sucesso. Giovanni, dono de um badalado restaurante italiano da região, o contrata como assistente de cozinha.

Então Raimundo passa de suas humildes coxinhas para a culinária italiana, que é sua maior descoberta. Com seu talento, o cozinheiro passa a ter uma casa, roupas melhores, relacionamentos sociais e um amor: a prostituta Iria. O filme tem direção de Marcos Jorge e foi baseado no conto Presos pelo Estômago do livro Pólvora, Gorgonzola e Alecrim, de Lusa Silvestre.

Julie & Julia (2009)

Baseado em duas histórias reais, o filme intercala a vida de duas mulheres: Julia Child (Meryl Streep) e Julie Powell (Amy Adams). Julia é uma americana que vai para Paris por conta do trabalho de seu marido, Paul (Stanley Tucci). Em uma cidade nova, ela busca algo para passar o tempo e acaba se interessando por culinária e ganhando um programa de TV sobre o assunto.

Cinquenta anos depois, Julie, que está prestes a completar 30 anos, se vê frustrada com a vida que leva. Em busca de um novo objetivo, ela resolve passar um ano cozinhando as 524 receitas do livro que Julia Child escreveu, Mastering the Art of French Cooking, criando um blog para relatar suas experiências culinárias.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Receita da Copa

Durante o último jogo do Brasil, a minha mãe me passou uma preciosa dica culinária para o prato mais pedido do cardápio dos torcedores: Pipoca!

E lá fui eu, depois de já ter perdido o hino nacional, correr pra saciar o desejo da família antes que o Brasil fizesse o primeiro gol...

Ingredientes:

- 1 pacote de pipoca de microondas (eu gosto de Yoki tradicional, ou manteiga.. o resto pra mim é aberração)

Preparo:

Posicione o pacote no centro do prato do microondas, de acordo com as instruções (deixando o lado correto pra cima, com o saco desdobrado). Aí, ajuste o tempo do micrrondas. No saquinho diz "de 2 a 5 minutos" e, convenhamos, isso é uma imprecisão que acaba demandando muito mais esforço para uma tarefa que deveria ser a mais simples do mundo, passível, inclusive, de ser realizada por uma criança pequena. Eu não sou muito fã de ter que ficar vigiando coisa no microondas e ficar calculando tempo entre um estouro e outro. É nesse momento que entra a preciosa dica da minha mãe: "Aperte onde tem "Pipoca"!"

Sim, eu nunca fiz isso, sempre preocupada em seguir as intruções que vem no pacote, e deixando a pipoca queimar sempre. Eu deveria ter imaginado que essa era a coisa certa a se fazer, principalmente pelo meu próprio insight de que essa deveria ser uma tarefa fácil para crianças pequenas, e pelo fato de que meu microondas tem uma sessão de teclas chamada "Kids", com direito a auxílio visual. Mas como eu sempre quis dar uma de adulta madura e emancipada, que não deveria se rebaixar a artifícios de criança, acabava estragando a pipoca.

Qual minha surpresa quando notei que tudo estava perfeito, quando eu usei a função do microondas apropriada. A pipoca estava lá, branquinha, (quase) toda estourada, sem partes pretas. A tecnologia, mais uma vez, a serviço da humanidade.

Para quem não tem uma tecla onde tem escrito "Pipoca" no microondas, o espaço de tempo mágico é 2 minutos e 20 segundos. E segundo meu amigo Alexandre, para quem eu narrei minha incrível descoberta, quando ele coloca 2:30, a pipoca já fica marrom demais.

Ele ainda compartilhou um segredo pessoal, que eu não testei nem testarei (por preferências pessoais de sabor), mas compartilho: quando tirar o saco do microondas, abra um poquinho, coloque amaciante de carne em pó (quantidade indeterminada, mas que deve ser diminuta, imagino, ou a gosto), balance/remexa/sacuda o pacote e assim tenha em mãos pipoca temperada! Ele disse que esse é o segredo para a pipoca dele ser tão elogiada em sua casa, mas que até então ele nunca tinha falado para ninguém... espero que ele não se chateie de ver isso num blog...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Spagetti com Camarão ao Folha

Ingredientes:
- 400g de camarão grande sem casca
- 1/3 de um pacote de macarrão tipo espaguete
- 1 limão
- 1 pouco de azeite
- 2 colheres de manteiga
- 4 dentes de alho
- 1 lata molho de tomate com ervas

Vá até feira e compre camarão [descascado]. Ao chegar em sua residência, lave os camarões com ajuda de uma peneira, depois coloque-os numa panela maior e os regue com o suco do limão. Tampe e deixe que eles terminem o descongelamento de forma natural.

Enquanto isso, no fogão...

Ferva água para o macarrão. Só ponha o sal na água quando a mesma já estiver fervendo, pois sabemos que água salgada tem o ponto de ebulição superior ao da água doce, ou seja, quem põe sal de cara na água para ferver espera mais tempo. Quando a fervura alcançar seu estágio pleno, ponha duas colheres de margarina. Essa margarina dissolver-se-á e dará um gostinho amanteigado ao macarrão.

Com a água fervida, ponha o macarrão [do tanto que você for comer; consulte as medidas no fim da receita] e espere o macarrão cozinhar al dente. Quando ferver, escorra e deixe num canto lá.

Agora que os camarões estão completamente e naturalmente descongelados, banhados no saboroso suco de seu um limão [pode-se usar dois limões, claro, mas o gosto do prato passará de 'levemente cítrico' para 'cítrico 'pra caralho], você pega uma frigideira, faz uma lâmina de azeite [ou seja, põe azeite na frigideira até cobrir a sua superfície do fundo], e põe também os alhos previamente descascados. Deixe dourar para o azeite captar o gosto do alho. Daí, antes que você deixe o alho queimar, ponha o molho de tomate [que pode ser outro ao seu gosto] e ponha os camarões. Deixe ferver para dar uma apurada, pois vai ter um pouco de água para ser evaporada.

Como eu não saio da cozinha quando estou preparando alguma coisa, não sei quanto tempo vai levar, isso varia até com o fogão que está sendo utilizado. Então quando o cozido já estiver mais consistente e perdido a maioria da água que tinha no início, você desliga ele do fogão.

Para montar o prato, pegue uma refratária funda em formatado retangular e ponha camadas assim: (ordenando de BAIXO para CIMA), a primeira, que fica no fundo, é macarrão, depois molho em cima, depois mais macarrão, depois mais molho em cima e PRONTO. Mais que 4 camadas de coisas fica bagunça.

Daí você pode fazer uma decoração com ervas ou azeitodas cortadas decorativamente e servir com cerveja ou um vinho, que é uma bebida igualmente fina.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tentativas de um Bolo de Caneca mais incrementado.

Já tinha feito antes um Bolo de Caneca, receita da Mitila que tem aqui no blog.
Mas... não ficou muito bom, e hoje pensei: tentarei de novo pra ver se estou melhorando ou piorando. E fui pra cozinha.
A pior parte era achar os ingredientes, farinha , açucar, achocolatado, ovo e leite, mas até ai tudo ok, pq estavam nos mesos lugares da semana passada quando fiz o primeiro.
Ai veio uma ideia, tinha amendoim torrado, e então tive uma lógica Joyeana (logica do Joey do Friends), O bolo de chocolate em si é bom, amendoim torrado é bom, se eu misturar os dois não pode ficar ruim, até que vi o potinho da canela em pó, e apliquei a mesma lógica. E fui pra mesa colocar em prática o Bolo de Caneca de Chocolate/Amendoim/Canela.
Ai surgiu outro problema, não achei colher de sopa, então peguei uma daquelas colherzinhas que vem com as cafeteiras para medir o café, e a usei como medida-padrão.
Os Ingredientes:
2 Colheres padrão de Farinah de Trigo
2 Colheres padrão de Açucar
1,5 Colher padrão de Achocolatado Toddy
3 Colheres padrão de Leite Desnatado(era o que tinha)
1 ovo
20 Amendoins torrados sem casca, posteriormente moídos.
2 Pitadas de Canela em pó

Modo de Preparo:
Coloquei a farinha, o açucar, o acocolatado, a canela e pó e o ovo, misturei um pouco ate ficar uma pasta marrom, e adicionei o leite, e continuei misturando com um garfo, e acrescentei o amendom já previamente esmagado com um martelo de bater bife. Misturei até ficar algo parecido com uma calda grossa e levei ao forno, claro que a canela sobre um prato, afinal da outra vez derramou, e sujou um pouco o forno. Coloquei um minuto na potência "Pizza" e depois dois minutos e meio na potência "Pipoca".
Obviamente fez uma baita sujeira porque derramou muito, mas já que ta feito tem que limpar e ver como ficou. coloquei num prato, o formato ficou estranho, parecendo um flan de chocolate meio desengonçado.
Então comi um pedaço e vi que o gosto, ou ausência deste, na parte central continuava. Ofereci pra minha mãe que fez dois comentários que não foram muito animadores, o primeiro, ela disse que "Parece um cocô de cachorro", e depois de comer um pedaço disse, "até que não ta ruim".
Mas o que eu achei desta segunda experiência com o Bolo de Caneca... Realmente tem algo que faço que tá errado, a canela e o amendoim ficaram apenas na casca do bolo apesar de misturar tudo antes, mas o resultado foi bom. O interior apesar de ter mais cara de bolo, ainda tá sem gosto, não sei se falta algo ou e pura inaptidão minha.
Quanto a quem for fazer, esqueça da canela, mas experimente o amendoim. Prefiro lembrar da canela sobre o merengue ou chantilly num chocolate quente do que perdida em meio a um bolo.
Detalhe quando for esmagar o amendoim, coloque ele dentro de papel toalha, pq senão vai voar amendoim para todo lado.

...e batatas

No capítulo anterior, vimos como, ousadamente, eu me aventurei a colaborar com um artigo de refeição de verdade. Cozinhei parte do almoço, e aquilo não serviria apenas à mim... não era apenas um experimento para saciar a fome ocasional de um ser sucumbindo à preguiça... me senti fazendo parte de um todo universal de donas de casa.

Enquanto escrevia aquele post, porém, reencontrei minha velha amiga Glaucy no MSN, e ela me lembrou do quão surreal é eu estar tentando aprender a cozinhar. Considerava isso a habilidade mais incompatível com minha pessoa (e ainda é :P), e ela compartilhava (e ainda o faz) toda a minha aversão à coisa. Senti-me traindo um movimento, principalmente depois desse diálogo:

G l a u c y ... diz (16:58):
que papo é esse de cozinhar?
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:00):
sim
cozinhar
acredita?
G l a u c y ... diz (17:00):
tu tais cozinhando?
pra que?
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:00):
pra aprender
G l a u c y ... diz (17:01):
num precisa
tem tudo pronto no supermercado besta
G l a u c y ... diz (17:02):
eu como de tudo em casa, mas nunca comprei um alho
fala serio, só em pensar no cheiro da carne crua, ecaaaaa
e lavar panela....nem pensar
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:05):
tu só compra comida pronta?
G l a u c y ... diz (17:05):
obvio
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:05):
gente
inveja
G l a u c y ... diz (17:05):
hoje almocei pasta aos quatro queijos com ades pessego
G l a u c y ... diz (17:06):
ontem jantei torta de frango com palmito, com suco de graviola lebom
G l a u c y ... diz (17:08):
compro bolos, risotos, strogonoff de carne e de frango, feijoada, almondegas, lazanhas light e engordait, pao de queijo, o que vc imaginar....
G l a u c y ... diz (17:10):
sopas de todos os tipos, uns 10 tipos de molho prontos, salpicão, medalhão de frango, frango xadrez, macarrão shopsuey
G l a u c y ... diz (17:11):
pra que cozinhar?
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:12):
diversão?
G l a u c y ... diz (17:13):
lavar panela é divertido? onde?
G l a u c y ... diz (17:14):
em que cultura?
e cortar o dedo e queimar o antebraço....
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:19):
até agora isso n aconteceu comigo
G l a u c y ... diz (17:19):
aguarde e veras............
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid disse (17:23):
aff
praga


Então, aqui estou eu, praticamente uma militante rebelde, agente da contra-cultura, desafiando o sistema e indo de encontro à força incontrolável de minha natureza.

E como diria Quincas Borba: "...ao vencedor, as batatas."

A receita original se chama "Batatas à Indiana" e vem atrás da caixinha de creme de leite da Nestlé. Você pode verificá-la aqui.

Como eu não tinha nenhum desses ingredientes exóticos (tendo em vista que não tenho nem ingredientes normais, fiz uma gambiarra...

Ingredientes:

- 2 batatas pequenas em rodelas (era tudo o que tinha, não posso fazer nada...)
- Qtde razoável de óleo (dei uma espremida pra fazer uma cobrinha no fundo da panela, que era pequena também)
- 1/4 de cebola em rodelas (na verdade eu cortei metade de uma cebola, mas a outra parte foi picada para o arroz)
- 1 colher de sobremesa molho de mostarda (quem não tem semente, caça com molho)
- 1 colher de sobremesa de molho de pimenta vermelha (a receita original pede verde, mas era dessa que eu tinha. Aproveito para registrar que me arrependo profundamente de ter colocado tanto, já que ODEIO pimenta. "E pq colocou?" Bem... a vontade de ter alguma semelhança com a receita sobrepôs meu juízo, o que acontece frequentemente.)
- Coentro picado (sei lá, uma colher de sopa???)
- 2 dentes de alho espremidos (e eu pensei: "se pode botar no arroz, pq não nas batatas???" Pois é...)
- 1 colher de sobremesa de sal (eu acho)
- 1 aperto generoso na caixa de creme de leite (acho que consumiu 1/3 dela)

Obs: Na receita original.... gengibre fresco, semente de mostarda e páprica picante são itens alienígenas para mim. E o que porra é cúrcuma??

Preparo:

Cozinhei as batatas naquela água fervente (a mesma do arroz), por uns 10 min. Escorri numa peneira e reutilizei a mesma panela para fazer o resto. Por isso, quando coloquei o óleo, ele já queimou todo pq a panela tava quente (daí veio o marrom que eu mencionei no post anterior), então não foi de muita ajuda para refogar a cebola, o alho e o molho de mostarda. Ainda seguindo o meu mantra pessoal "Não deixe queimar", adicionei a pimenta e o coentro, mexendo sempre que podia, e chegando a tirar a panela de cima do fogo algumas vezes. Aí coloquei a batata, o sal, mexi mais, e coloquei água como recomendado, para que não grudasse, pelo menos. A água bem rápido, como de costume, e antes que tudo acabasse queimando, coloquei o creme de leite, desliguei e mexi. Depois tampei e fui procurar cheats de Neverwinter Nights, porque o arroz também já tava pronto.

Se não tivesse salgado, apimentado, e com mostarda (que eu tb odeio, mas coloquei, pelas mesmas razões da pimenta), estaria ótimo para o meu paladar. Para quem gosta de emoções fortes, é uma boa pedida para incrementar o almoço. E tendo em vista que a receita original é indiana, e tem temperos bem fortes (para mim), considero a minha versão "café-com-leite".

Arroz...

Ainda sem uma receita light para salvar o blog, resolvi tentar cozinhar algo que fosse ao menos ÚTIL, ou seja, que sirva às necessidades básicas do dia a dia.

Na verdade, eu fui levemente induzida pela minha mãe, que mandou eu conceber um acompanhamento para o almoço (por sua vez, ela iria trazer um galeto assado). Então, voilá, arroz, o melhor companheiro de toda refeição!

Como uma boa devota, recorri ao Google para me auxiliar nesse momento de provação. Ele então me mostrou a revelação: http://cybercook.terra.com.br/receita-de-arroz-branco.html?codigo=2842.

As dicas daí são ótimas, mas tomei a liberdade de fazer adaptações próprias que doravante compartilho...

Nota: Para esse almoço, eu também resolvi testar uma receita com batatas modificada, que foi preparada simultaneamente (multitasking FTW!), mas falarei dela no próximo post. Nem a cozinheira, nem a cozinha, ou a comida foram danificadas no processo, mas uma das panelas ficou meio marrom no fundo.


Ingredientes:

- 3 xícaras de Arroz (Eu estava com a idéia fixa de fazer mais para sobrar pra refeições vindouras, mas depois vi que exagerei MUITO na medida.)
- 4 colheres de sopa manteiga (Usei no lugar do tradicional óleo, como o próprio site sugere. Como diz em "Julie e Julia": "Tudo fica melhor com manteiga".)
- 2 dentes de alho esmagados (a receita original diz pra picar, mas eu resolvi ser uma mulher moderna, prática e descolada, e utilizar o espremedor de alho da minha mãe.)
- 1/4 cebola picada
- Um pouco de coentro (isso não dá pra medir né? :P)
- Sal a gosto
- Quantidade indeterminada de água fervente

Preparo:

Coloquei a quantidade indeterminada de água pra ferver (que também foi utilizada nas batatas... mais ou menos meio bule grande). Enquanto isso, fui cortar tudo o que tinha que cortar (e esmagar). Aproveitei também pra "enxaguar" o arroz, colocando ele numa peneira grande e lavando com água corrente, até que a água que passa estar o mais transparente possível (conhecem as regras de água potável né? Insípida, Inodora e Incolor... no caso, semi-incolor tá bom demais...).

Quando a água ferveu, derreti a manteiga numa panela, e fritei um pouco a cebola e o alho. Dizem que é até a cebola ficar transparente, mas o negócio ficou amarelo, e eu apenas estava preocupada que não queimasse nada. Então juntei o arroz lavado e refoguei. Vendo agora, notei que a receita explica que é pra deixar secar o arroz antes de colocar na panela, mas quem disse que eu me atenho a detalhes??? Teoricamente, também é pra refogar até ficar seco, mas como eu expliquei, só tava rezando para não queimar nada...

Então era chegada a hora. Coloquei a água fervente até cobrir o arroz. Como uma parte dela já tinha ido na batata, tive que completar com água fria mesmo. Não sei se isso faz alguma diferença, mas para mim, tudo deu certo. Aí adicionei o sal e mexi bem antes de tampar e finalmente me concentrar na minha outra tarefa culinária.

A água seca espantosamente rápido. Não sei se é porque já se coloca água fervente, ou porque meu fogão é uma maravilha tecnológica dos tempos modernos (queria que meus fogões de Café World, no Facebook, fossem assim). O arroz, obviamente, não estava no ponto ainda, mas estava bem perto, então adicionei mais água. Quando secou mais um pouquinho, adicionei o coentro e misturei com um garfo, porque o site diz que isso ajuda a fazer o arroz ficar soltinho. Bem, isso não aconteceu. Mas também não ficou "unidos venceremos".

Quando secou, desliguei o fogo e coloquei mais um pouquinho de água, porque estava pregando no fundo. Mexi mais, tampei a panela de novo e considerei ele pronto.

Como disse, não ficou soltinho. Como todo arroz que eu faço, ficou um pouco duro, seco, e formando alguns blocos de concreto. Mas ficou bom e minha mãe elogiou, dizendo que parecia de restaurante. Tenho que lembrar de perguntar que restaurante é esse para nunca ir lá...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Misturadão de Atum

Certo dia, pensando em fazer algo diferente para comer, procurei um livro de receitas que minha mãe, como educadora de filhas prendadas, havia me dado e achei uma tal de Torta Rápida.

Segundo o livro a receita é a seguinte:

Ingredientes

Massa
1 xícara de leite
2 ovos
1/2 xícara de óleo
1 xícara de farinha de trigo com fermento
1 e 1/2 cubo de knorr de carne

Recheio
1/2 lata de palmito
1 e 1/2 tomate sem pele e semente em cortado em cubo
200g de presunto cortado em cubos
1 e 1/2 colher de sopa de salsinha picada
1/2 cubo de knorr de carne

Modo de fazer

Massa: Misture tudo no liquidificador e coloque em uma forma (pequena) untada.

Recheio: Dissolva o knorr em 3 colheres de água fervente, misture o resto dos ingredientes (com excessão da salsa) em um recipiente e espalhe por cima da massa.
Leve ao forno médio durante 25 minutos, adicione a salsinha e deixe mais 5 minutos.

Como eu não gosto de presunto, muito menos de palmito, por questões religiosas, resolvi substituí-los por atum e, milho e ervilha, respectivamente.

Minha receita Misturadão de Atum ficou assim:

Ingredientes

Massa
1 xícara de leite
2 ovos
1/2 xícara de óleo
1 xícara de farinha de trigo com fermento
1 e 1/2 cubo de knorr de Legumes

Recheio
1/2 lata de Milho e Ervilha
1 e 1/2 tomate sem pele e semente em cortado em cubo
1 lata de atum sólido sem o óleo melequento conservante
1 e 1/2 colher de sopa de salsinha picada
1/2 cubo de knorr de Legumes

Modo de fazer

Massa: Misture tudo no liquidificador e coloque em uma forma (pequena) untada.

Recheio: Dissolva o knorr em 3 colheres de água fervente, misture o resto dos ingredientes (com excessão da salsa) em um recipiente e espalhe por cima da massa.
Leve ao forno médio durante 25 minutos, adicione a salsinha e deixe mais 5 minutos. Verifique furando com um garfo, no centro da forma, se o misturadão está sequinho, ou seja, o garfo deve sair sem resquícios de massa. Caso ainda esteja molhada, deixe por mais um pouco de tempo.

Este meu dia não estava muito propício para cozinhar. Eu havia colocado cebolas em rodelas, mas a cebola soltou água e o misturadão ficou molhado, demorando cerca de 1 hora para secar, quase queimando. Quando eu achava que estava secando, constatei que o bujão havia secado, saí correndo para comprar o bujão e quando voltei o negócio já havia secado pela força do espírito santo. Recoloquei o prato no forno por 38 segundos, só para não me sentir tão inútil por ter ido comprar o bujão morrendo de fome. Ou seja, se a massa não estiver secando, deixe-a fora do forno por alguns minutos e ela secará.

Se serve de consolo, meu namorado aprovou geral e comeu o prato quase todo, porque certamente um dos pedaços eu teria que comer para experimentar. Ah, ele me ajudou a ir comprar o bujão e a lavar pratos também, pois claro que um chefe tem que ter um assistente.

Resumindo, o Misturadão de Atum é bom, prático, rápido e barato. Experimentem!



sábado, 19 de junho de 2010

Como eu descobri que Will & Grace não é uma boa medida de tempo...

Depois de dois testes de bolo de caneca e uma reedição do mousse de maracujá, eu estava arrasada por não ter trazido nada ao meu dia além de uma quantidade massiva de calorias que facilmente me levariam à danação eterna.

Eu esperava que nossa colaboradora vegetariana colocasse um pouco de dignidade nesse blog (/olha pra Carol), nos ensinando algum prato saudável...

Para amenizar meu peso na consciência (e no corpo), estava determinada a preparar algo light, então recorri ao São Google com as palavras "receita light fácil". Como "fácil" para mim tem que ser algo que seja à prova de minha incapacidade culinária, eu desprezei várias sugestões que a divindade propôs, até achar isso: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/1362-torta-de-liquidificador.html

Não é nada light, mas é fácil, e eu tinha os ingredientes em casa...

Torta de Liquidificador

Ingredientes:

Massa:

- 1 ovo
- 6 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo (acabei usando 9, pq a massa ficou muito mole)
- 5 colheres de sopa de queijo ralado
- 1 pitada de orégano (...)
- 1 colher de sobremesa de fermento em pó
- 1/2 cebola
- 1 xícara de chá de leite
- 1/2 xícara de chá de óleo

Recheio: a gosto, pode ser carne picadinha, frango desfiado, sardinha refogada, lingüiça acebolada, queijo e presunto.

Preparo:

Coloquei o forno pra pré-aquecer, como manda o figurino. Não sei quanto tempo ficou, mas foi o suficiente para a preparação. Embora o site recomende temperatura média, deixei em fogo baixo, porque tive que usar aqueles terríveis fornos de fogão, que nunca lhe permitem saber a temperatura que o troço realmente está, e deixam a cozinha com cheiro de queimado.

Juntei os ingredientes da massa no liquidificador. Ao medir o óleo, coloquei um pouco menos de meia xícara, porque não gosto de muito óleo, e eu visualizei logo uma auto-infligida afecção cardíaca.

Eu sofri cortando as cebola em pequenos pedaços organizados, até lembrar que ia tudo no liquidificador. Como eu sou autista e não consigo sair da rotina, continuei a maltratar meus olhos até o fim, mesmo sabendo que era um sofrimento completamente desnecessário. De alguma forma, eu esperava ser compensada por isso.

Quando ia colocar o orégano, olhei bem para o vidrinho que estava segurando (mania que adquiri depois do desastre das panquecas) e cheguei à conclusão que estava prestes a botar erva-doce na massa da torta. Ainda considerei a possibilidade por alguns segundos, quando eu não encontrei orégano. Então percebi que eu não seria capaz de distinguir o que ali seria orégano. Antes de me desesperar, recorri ao google imagens, e comparei o que havia na cozinha com as fotos, até decidir que simplesmente não havia orégano. Para não deixar passar, coloquei uma pitada de algo amarronzado que cheirava a tempero.

Enquanto tudo estava sendo batido no liquidificador, fui inventar um recheio qualquer. Cortei o resto do presunto da geladeira, e metade do queijo mussarela remanescente em quadradinhos (o que me trará o ódio eterno de minhas irmãs assim que elas forem atrás de cafe da manhã), e destrocei o resto do frango cozido que tinha sobrado do almoço (com o molho, as batatas e tudo... pois é, eu sei...).

Em vez de untar o pirex com óleo propriamente, eu espirrei ele pelo fundo do vidro e fiquei balançando pra um lado e pro outro pro líquido espalhar, já que eu não queria lambuzar as mãos, nem se auxiliada por um guardanapo. Então joguei um pouco da massa e percebi que a forma era muito grande pra o conteúdo, e que não iria sobrar muita massa pra jogar por cima do recheio. Mesmo assim, dei uma espalhadinha, joguei o recheio, e coloquei mais massa em cima, que não foi o suficiente pra cobrir tudo. Mas como o recheio afundou de qualquer maneira, não fez muita diferença. E finalmente a coisa foi ao forno.

O tempo sugerido é 30 min. Depois de dar uma organizada na cozinha, vi que daria para eu assistir um episódio da segunda temporada de Will & Grace (que durou um pouco mais de 20 min) e ainda por cima, colocar mais para download. Assim fiz, e quando fui verificar a torta, não estava nem perto de parecer assada.

Nesse meio-tempo minha mãe chegou, quase atingindo estado de berserker rage devido à fome. A minha famílai tende a ficar irracional sob privação de comida. Incentivei-a a esperar mais um pouco pela torta, para provarmos o resultado juntas, e, para distraí-la, comentei que não tínhamos orégano. Ela disse "tem sim" e me mostrou o pote de vidro que até então eu pensava que continha erva-doce... foi aí que oficialmente eu reconheci que não sabia reconhecer temperos sem uma etiquetazinha com o nome...

Mas bem, voltando à torta ainda crua, cogitei que isso deveria ser devido ao fato de eu ter deixado em fogo baixo, então não me abalei. Ajustei a temperatura para um meio-termo, e resolvi assistir a outro episódio de Will & Grace (2x21 - interessante notar que nesse episódio, Karen Walker quer aprender a cozinhar... me identifiquei tanto...).

Eu sei o que vocês estão pensando: "Ela foi assistir ao episódio e deixou a torta queimar". Não foi bem assim... na metade do episódio, eu pausei e fui ver a torta. Percebi que o molho do frango que eu deveria ter tirado estava empapando a torta, e que a massa ainda não estava com cara de quem se deixaria assar facilmente. Voltei, então, para assistir o resto do episódio, e quando ele estava prestes a acabar, ouvi um grito da minha mãe com o meu nome embutido. Devolvi o grito, dizendo para ela esperar, e quando tudo acabou e eu iniciei outro download, fui para a cozinha. E aí, sim, a torta havia queimado...

A parte de baixo era uma crosta dura carbonizada, e na de cima, eu juro que podia notar alguns tons de cinza misturado com o bege moreno. O meio ficou mole, cru eu diria, já que a massa só se manifestava em cima e em baixo. O fermento aparentemente se recusou a fazer seu trabalho, porque não ficou nada fofo (fora que o resquício do molho do frango realmente não ajudou a criar uma "massa").

Maaas... tirando a parte que obviamente deve ser jogada no lixo, até que deu pra comer aum pouco da metade de cima da torta, o que me fez pensar que ela deveria ser ótima (ou isso, ou eu sou capaz de comer qualquer coisa)...