quarta-feira, 30 de junho de 2010

Receita da Copa

Durante o último jogo do Brasil, a minha mãe me passou uma preciosa dica culinária para o prato mais pedido do cardápio dos torcedores: Pipoca!

E lá fui eu, depois de já ter perdido o hino nacional, correr pra saciar o desejo da família antes que o Brasil fizesse o primeiro gol...

Ingredientes:

- 1 pacote de pipoca de microondas (eu gosto de Yoki tradicional, ou manteiga.. o resto pra mim é aberração)

Preparo:

Posicione o pacote no centro do prato do microondas, de acordo com as instruções (deixando o lado correto pra cima, com o saco desdobrado). Aí, ajuste o tempo do micrrondas. No saquinho diz "de 2 a 5 minutos" e, convenhamos, isso é uma imprecisão que acaba demandando muito mais esforço para uma tarefa que deveria ser a mais simples do mundo, passível, inclusive, de ser realizada por uma criança pequena. Eu não sou muito fã de ter que ficar vigiando coisa no microondas e ficar calculando tempo entre um estouro e outro. É nesse momento que entra a preciosa dica da minha mãe: "Aperte onde tem "Pipoca"!"

Sim, eu nunca fiz isso, sempre preocupada em seguir as intruções que vem no pacote, e deixando a pipoca queimar sempre. Eu deveria ter imaginado que essa era a coisa certa a se fazer, principalmente pelo meu próprio insight de que essa deveria ser uma tarefa fácil para crianças pequenas, e pelo fato de que meu microondas tem uma sessão de teclas chamada "Kids", com direito a auxílio visual. Mas como eu sempre quis dar uma de adulta madura e emancipada, que não deveria se rebaixar a artifícios de criança, acabava estragando a pipoca.

Qual minha surpresa quando notei que tudo estava perfeito, quando eu usei a função do microondas apropriada. A pipoca estava lá, branquinha, (quase) toda estourada, sem partes pretas. A tecnologia, mais uma vez, a serviço da humanidade.

Para quem não tem uma tecla onde tem escrito "Pipoca" no microondas, o espaço de tempo mágico é 2 minutos e 20 segundos. E segundo meu amigo Alexandre, para quem eu narrei minha incrível descoberta, quando ele coloca 2:30, a pipoca já fica marrom demais.

Ele ainda compartilhou um segredo pessoal, que eu não testei nem testarei (por preferências pessoais de sabor), mas compartilho: quando tirar o saco do microondas, abra um poquinho, coloque amaciante de carne em pó (quantidade indeterminada, mas que deve ser diminuta, imagino, ou a gosto), balance/remexa/sacuda o pacote e assim tenha em mãos pipoca temperada! Ele disse que esse é o segredo para a pipoca dele ser tão elogiada em sua casa, mas que até então ele nunca tinha falado para ninguém... espero que ele não se chateie de ver isso num blog...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Spagetti com Camarão ao Folha

Ingredientes:
- 400g de camarão grande sem casca
- 1/3 de um pacote de macarrão tipo espaguete
- 1 limão
- 1 pouco de azeite
- 2 colheres de manteiga
- 4 dentes de alho
- 1 lata molho de tomate com ervas

Vá até feira e compre camarão [descascado]. Ao chegar em sua residência, lave os camarões com ajuda de uma peneira, depois coloque-os numa panela maior e os regue com o suco do limão. Tampe e deixe que eles terminem o descongelamento de forma natural.

Enquanto isso, no fogão...

Ferva água para o macarrão. Só ponha o sal na água quando a mesma já estiver fervendo, pois sabemos que água salgada tem o ponto de ebulição superior ao da água doce, ou seja, quem põe sal de cara na água para ferver espera mais tempo. Quando a fervura alcançar seu estágio pleno, ponha duas colheres de margarina. Essa margarina dissolver-se-á e dará um gostinho amanteigado ao macarrão.

Com a água fervida, ponha o macarrão [do tanto que você for comer; consulte as medidas no fim da receita] e espere o macarrão cozinhar al dente. Quando ferver, escorra e deixe num canto lá.

Agora que os camarões estão completamente e naturalmente descongelados, banhados no saboroso suco de seu um limão [pode-se usar dois limões, claro, mas o gosto do prato passará de 'levemente cítrico' para 'cítrico 'pra caralho], você pega uma frigideira, faz uma lâmina de azeite [ou seja, põe azeite na frigideira até cobrir a sua superfície do fundo], e põe também os alhos previamente descascados. Deixe dourar para o azeite captar o gosto do alho. Daí, antes que você deixe o alho queimar, ponha o molho de tomate [que pode ser outro ao seu gosto] e ponha os camarões. Deixe ferver para dar uma apurada, pois vai ter um pouco de água para ser evaporada.

Como eu não saio da cozinha quando estou preparando alguma coisa, não sei quanto tempo vai levar, isso varia até com o fogão que está sendo utilizado. Então quando o cozido já estiver mais consistente e perdido a maioria da água que tinha no início, você desliga ele do fogão.

Para montar o prato, pegue uma refratária funda em formatado retangular e ponha camadas assim: (ordenando de BAIXO para CIMA), a primeira, que fica no fundo, é macarrão, depois molho em cima, depois mais macarrão, depois mais molho em cima e PRONTO. Mais que 4 camadas de coisas fica bagunça.

Daí você pode fazer uma decoração com ervas ou azeitodas cortadas decorativamente e servir com cerveja ou um vinho, que é uma bebida igualmente fina.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tentativas de um Bolo de Caneca mais incrementado.

Já tinha feito antes um Bolo de Caneca, receita da Mitila que tem aqui no blog.
Mas... não ficou muito bom, e hoje pensei: tentarei de novo pra ver se estou melhorando ou piorando. E fui pra cozinha.
A pior parte era achar os ingredientes, farinha , açucar, achocolatado, ovo e leite, mas até ai tudo ok, pq estavam nos mesos lugares da semana passada quando fiz o primeiro.
Ai veio uma ideia, tinha amendoim torrado, e então tive uma lógica Joyeana (logica do Joey do Friends), O bolo de chocolate em si é bom, amendoim torrado é bom, se eu misturar os dois não pode ficar ruim, até que vi o potinho da canela em pó, e apliquei a mesma lógica. E fui pra mesa colocar em prática o Bolo de Caneca de Chocolate/Amendoim/Canela.
Ai surgiu outro problema, não achei colher de sopa, então peguei uma daquelas colherzinhas que vem com as cafeteiras para medir o café, e a usei como medida-padrão.
Os Ingredientes:
2 Colheres padrão de Farinah de Trigo
2 Colheres padrão de Açucar
1,5 Colher padrão de Achocolatado Toddy
3 Colheres padrão de Leite Desnatado(era o que tinha)
1 ovo
20 Amendoins torrados sem casca, posteriormente moídos.
2 Pitadas de Canela em pó

Modo de Preparo:
Coloquei a farinha, o açucar, o acocolatado, a canela e pó e o ovo, misturei um pouco ate ficar uma pasta marrom, e adicionei o leite, e continuei misturando com um garfo, e acrescentei o amendom já previamente esmagado com um martelo de bater bife. Misturei até ficar algo parecido com uma calda grossa e levei ao forno, claro que a canela sobre um prato, afinal da outra vez derramou, e sujou um pouco o forno. Coloquei um minuto na potência "Pizza" e depois dois minutos e meio na potência "Pipoca".
Obviamente fez uma baita sujeira porque derramou muito, mas já que ta feito tem que limpar e ver como ficou. coloquei num prato, o formato ficou estranho, parecendo um flan de chocolate meio desengonçado.
Então comi um pedaço e vi que o gosto, ou ausência deste, na parte central continuava. Ofereci pra minha mãe que fez dois comentários que não foram muito animadores, o primeiro, ela disse que "Parece um cocô de cachorro", e depois de comer um pedaço disse, "até que não ta ruim".
Mas o que eu achei desta segunda experiência com o Bolo de Caneca... Realmente tem algo que faço que tá errado, a canela e o amendoim ficaram apenas na casca do bolo apesar de misturar tudo antes, mas o resultado foi bom. O interior apesar de ter mais cara de bolo, ainda tá sem gosto, não sei se falta algo ou e pura inaptidão minha.
Quanto a quem for fazer, esqueça da canela, mas experimente o amendoim. Prefiro lembrar da canela sobre o merengue ou chantilly num chocolate quente do que perdida em meio a um bolo.
Detalhe quando for esmagar o amendoim, coloque ele dentro de papel toalha, pq senão vai voar amendoim para todo lado.

...e batatas

No capítulo anterior, vimos como, ousadamente, eu me aventurei a colaborar com um artigo de refeição de verdade. Cozinhei parte do almoço, e aquilo não serviria apenas à mim... não era apenas um experimento para saciar a fome ocasional de um ser sucumbindo à preguiça... me senti fazendo parte de um todo universal de donas de casa.

Enquanto escrevia aquele post, porém, reencontrei minha velha amiga Glaucy no MSN, e ela me lembrou do quão surreal é eu estar tentando aprender a cozinhar. Considerava isso a habilidade mais incompatível com minha pessoa (e ainda é :P), e ela compartilhava (e ainda o faz) toda a minha aversão à coisa. Senti-me traindo um movimento, principalmente depois desse diálogo:

G l a u c y ... diz (16:58):
que papo é esse de cozinhar?
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:00):
sim
cozinhar
acredita?
G l a u c y ... diz (17:00):
tu tais cozinhando?
pra que?
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:00):
pra aprender
G l a u c y ... diz (17:01):
num precisa
tem tudo pronto no supermercado besta
G l a u c y ... diz (17:02):
eu como de tudo em casa, mas nunca comprei um alho
fala serio, só em pensar no cheiro da carne crua, ecaaaaa
e lavar panela....nem pensar
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:05):
tu só compra comida pronta?
G l a u c y ... diz (17:05):
obvio
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:05):
gente
inveja
G l a u c y ... diz (17:05):
hoje almocei pasta aos quatro queijos com ades pessego
G l a u c y ... diz (17:06):
ontem jantei torta de frango com palmito, com suco de graviola lebom
G l a u c y ... diz (17:08):
compro bolos, risotos, strogonoff de carne e de frango, feijoada, almondegas, lazanhas light e engordait, pao de queijo, o que vc imaginar....
G l a u c y ... diz (17:10):
sopas de todos os tipos, uns 10 tipos de molho prontos, salpicão, medalhão de frango, frango xadrez, macarrão shopsuey
G l a u c y ... diz (17:11):
pra que cozinhar?
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:12):
diversão?
G l a u c y ... diz (17:13):
lavar panela é divertido? onde?
G l a u c y ... diz (17:14):
em que cultura?
e cortar o dedo e queimar o antebraço....
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid diz (17:19):
até agora isso n aconteceu comigo
G l a u c y ... diz (17:19):
aguarde e veras............
Mirtila - Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaavid disse (17:23):
aff
praga


Então, aqui estou eu, praticamente uma militante rebelde, agente da contra-cultura, desafiando o sistema e indo de encontro à força incontrolável de minha natureza.

E como diria Quincas Borba: "...ao vencedor, as batatas."

A receita original se chama "Batatas à Indiana" e vem atrás da caixinha de creme de leite da Nestlé. Você pode verificá-la aqui.

Como eu não tinha nenhum desses ingredientes exóticos (tendo em vista que não tenho nem ingredientes normais, fiz uma gambiarra...

Ingredientes:

- 2 batatas pequenas em rodelas (era tudo o que tinha, não posso fazer nada...)
- Qtde razoável de óleo (dei uma espremida pra fazer uma cobrinha no fundo da panela, que era pequena também)
- 1/4 de cebola em rodelas (na verdade eu cortei metade de uma cebola, mas a outra parte foi picada para o arroz)
- 1 colher de sobremesa molho de mostarda (quem não tem semente, caça com molho)
- 1 colher de sobremesa de molho de pimenta vermelha (a receita original pede verde, mas era dessa que eu tinha. Aproveito para registrar que me arrependo profundamente de ter colocado tanto, já que ODEIO pimenta. "E pq colocou?" Bem... a vontade de ter alguma semelhança com a receita sobrepôs meu juízo, o que acontece frequentemente.)
- Coentro picado (sei lá, uma colher de sopa???)
- 2 dentes de alho espremidos (e eu pensei: "se pode botar no arroz, pq não nas batatas???" Pois é...)
- 1 colher de sobremesa de sal (eu acho)
- 1 aperto generoso na caixa de creme de leite (acho que consumiu 1/3 dela)

Obs: Na receita original.... gengibre fresco, semente de mostarda e páprica picante são itens alienígenas para mim. E o que porra é cúrcuma??

Preparo:

Cozinhei as batatas naquela água fervente (a mesma do arroz), por uns 10 min. Escorri numa peneira e reutilizei a mesma panela para fazer o resto. Por isso, quando coloquei o óleo, ele já queimou todo pq a panela tava quente (daí veio o marrom que eu mencionei no post anterior), então não foi de muita ajuda para refogar a cebola, o alho e o molho de mostarda. Ainda seguindo o meu mantra pessoal "Não deixe queimar", adicionei a pimenta e o coentro, mexendo sempre que podia, e chegando a tirar a panela de cima do fogo algumas vezes. Aí coloquei a batata, o sal, mexi mais, e coloquei água como recomendado, para que não grudasse, pelo menos. A água bem rápido, como de costume, e antes que tudo acabasse queimando, coloquei o creme de leite, desliguei e mexi. Depois tampei e fui procurar cheats de Neverwinter Nights, porque o arroz também já tava pronto.

Se não tivesse salgado, apimentado, e com mostarda (que eu tb odeio, mas coloquei, pelas mesmas razões da pimenta), estaria ótimo para o meu paladar. Para quem gosta de emoções fortes, é uma boa pedida para incrementar o almoço. E tendo em vista que a receita original é indiana, e tem temperos bem fortes (para mim), considero a minha versão "café-com-leite".

Arroz...

Ainda sem uma receita light para salvar o blog, resolvi tentar cozinhar algo que fosse ao menos ÚTIL, ou seja, que sirva às necessidades básicas do dia a dia.

Na verdade, eu fui levemente induzida pela minha mãe, que mandou eu conceber um acompanhamento para o almoço (por sua vez, ela iria trazer um galeto assado). Então, voilá, arroz, o melhor companheiro de toda refeição!

Como uma boa devota, recorri ao Google para me auxiliar nesse momento de provação. Ele então me mostrou a revelação: http://cybercook.terra.com.br/receita-de-arroz-branco.html?codigo=2842.

As dicas daí são ótimas, mas tomei a liberdade de fazer adaptações próprias que doravante compartilho...

Nota: Para esse almoço, eu também resolvi testar uma receita com batatas modificada, que foi preparada simultaneamente (multitasking FTW!), mas falarei dela no próximo post. Nem a cozinheira, nem a cozinha, ou a comida foram danificadas no processo, mas uma das panelas ficou meio marrom no fundo.


Ingredientes:

- 3 xícaras de Arroz (Eu estava com a idéia fixa de fazer mais para sobrar pra refeições vindouras, mas depois vi que exagerei MUITO na medida.)
- 4 colheres de sopa manteiga (Usei no lugar do tradicional óleo, como o próprio site sugere. Como diz em "Julie e Julia": "Tudo fica melhor com manteiga".)
- 2 dentes de alho esmagados (a receita original diz pra picar, mas eu resolvi ser uma mulher moderna, prática e descolada, e utilizar o espremedor de alho da minha mãe.)
- 1/4 cebola picada
- Um pouco de coentro (isso não dá pra medir né? :P)
- Sal a gosto
- Quantidade indeterminada de água fervente

Preparo:

Coloquei a quantidade indeterminada de água pra ferver (que também foi utilizada nas batatas... mais ou menos meio bule grande). Enquanto isso, fui cortar tudo o que tinha que cortar (e esmagar). Aproveitei também pra "enxaguar" o arroz, colocando ele numa peneira grande e lavando com água corrente, até que a água que passa estar o mais transparente possível (conhecem as regras de água potável né? Insípida, Inodora e Incolor... no caso, semi-incolor tá bom demais...).

Quando a água ferveu, derreti a manteiga numa panela, e fritei um pouco a cebola e o alho. Dizem que é até a cebola ficar transparente, mas o negócio ficou amarelo, e eu apenas estava preocupada que não queimasse nada. Então juntei o arroz lavado e refoguei. Vendo agora, notei que a receita explica que é pra deixar secar o arroz antes de colocar na panela, mas quem disse que eu me atenho a detalhes??? Teoricamente, também é pra refogar até ficar seco, mas como eu expliquei, só tava rezando para não queimar nada...

Então era chegada a hora. Coloquei a água fervente até cobrir o arroz. Como uma parte dela já tinha ido na batata, tive que completar com água fria mesmo. Não sei se isso faz alguma diferença, mas para mim, tudo deu certo. Aí adicionei o sal e mexi bem antes de tampar e finalmente me concentrar na minha outra tarefa culinária.

A água seca espantosamente rápido. Não sei se é porque já se coloca água fervente, ou porque meu fogão é uma maravilha tecnológica dos tempos modernos (queria que meus fogões de Café World, no Facebook, fossem assim). O arroz, obviamente, não estava no ponto ainda, mas estava bem perto, então adicionei mais água. Quando secou mais um pouquinho, adicionei o coentro e misturei com um garfo, porque o site diz que isso ajuda a fazer o arroz ficar soltinho. Bem, isso não aconteceu. Mas também não ficou "unidos venceremos".

Quando secou, desliguei o fogo e coloquei mais um pouquinho de água, porque estava pregando no fundo. Mexi mais, tampei a panela de novo e considerei ele pronto.

Como disse, não ficou soltinho. Como todo arroz que eu faço, ficou um pouco duro, seco, e formando alguns blocos de concreto. Mas ficou bom e minha mãe elogiou, dizendo que parecia de restaurante. Tenho que lembrar de perguntar que restaurante é esse para nunca ir lá...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Misturadão de Atum

Certo dia, pensando em fazer algo diferente para comer, procurei um livro de receitas que minha mãe, como educadora de filhas prendadas, havia me dado e achei uma tal de Torta Rápida.

Segundo o livro a receita é a seguinte:

Ingredientes

Massa
1 xícara de leite
2 ovos
1/2 xícara de óleo
1 xícara de farinha de trigo com fermento
1 e 1/2 cubo de knorr de carne

Recheio
1/2 lata de palmito
1 e 1/2 tomate sem pele e semente em cortado em cubo
200g de presunto cortado em cubos
1 e 1/2 colher de sopa de salsinha picada
1/2 cubo de knorr de carne

Modo de fazer

Massa: Misture tudo no liquidificador e coloque em uma forma (pequena) untada.

Recheio: Dissolva o knorr em 3 colheres de água fervente, misture o resto dos ingredientes (com excessão da salsa) em um recipiente e espalhe por cima da massa.
Leve ao forno médio durante 25 minutos, adicione a salsinha e deixe mais 5 minutos.

Como eu não gosto de presunto, muito menos de palmito, por questões religiosas, resolvi substituí-los por atum e, milho e ervilha, respectivamente.

Minha receita Misturadão de Atum ficou assim:

Ingredientes

Massa
1 xícara de leite
2 ovos
1/2 xícara de óleo
1 xícara de farinha de trigo com fermento
1 e 1/2 cubo de knorr de Legumes

Recheio
1/2 lata de Milho e Ervilha
1 e 1/2 tomate sem pele e semente em cortado em cubo
1 lata de atum sólido sem o óleo melequento conservante
1 e 1/2 colher de sopa de salsinha picada
1/2 cubo de knorr de Legumes

Modo de fazer

Massa: Misture tudo no liquidificador e coloque em uma forma (pequena) untada.

Recheio: Dissolva o knorr em 3 colheres de água fervente, misture o resto dos ingredientes (com excessão da salsa) em um recipiente e espalhe por cima da massa.
Leve ao forno médio durante 25 minutos, adicione a salsinha e deixe mais 5 minutos. Verifique furando com um garfo, no centro da forma, se o misturadão está sequinho, ou seja, o garfo deve sair sem resquícios de massa. Caso ainda esteja molhada, deixe por mais um pouco de tempo.

Este meu dia não estava muito propício para cozinhar. Eu havia colocado cebolas em rodelas, mas a cebola soltou água e o misturadão ficou molhado, demorando cerca de 1 hora para secar, quase queimando. Quando eu achava que estava secando, constatei que o bujão havia secado, saí correndo para comprar o bujão e quando voltei o negócio já havia secado pela força do espírito santo. Recoloquei o prato no forno por 38 segundos, só para não me sentir tão inútil por ter ido comprar o bujão morrendo de fome. Ou seja, se a massa não estiver secando, deixe-a fora do forno por alguns minutos e ela secará.

Se serve de consolo, meu namorado aprovou geral e comeu o prato quase todo, porque certamente um dos pedaços eu teria que comer para experimentar. Ah, ele me ajudou a ir comprar o bujão e a lavar pratos também, pois claro que um chefe tem que ter um assistente.

Resumindo, o Misturadão de Atum é bom, prático, rápido e barato. Experimentem!



sábado, 19 de junho de 2010

Como eu descobri que Will & Grace não é uma boa medida de tempo...

Depois de dois testes de bolo de caneca e uma reedição do mousse de maracujá, eu estava arrasada por não ter trazido nada ao meu dia além de uma quantidade massiva de calorias que facilmente me levariam à danação eterna.

Eu esperava que nossa colaboradora vegetariana colocasse um pouco de dignidade nesse blog (/olha pra Carol), nos ensinando algum prato saudável...

Para amenizar meu peso na consciência (e no corpo), estava determinada a preparar algo light, então recorri ao São Google com as palavras "receita light fácil". Como "fácil" para mim tem que ser algo que seja à prova de minha incapacidade culinária, eu desprezei várias sugestões que a divindade propôs, até achar isso: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/1362-torta-de-liquidificador.html

Não é nada light, mas é fácil, e eu tinha os ingredientes em casa...

Torta de Liquidificador

Ingredientes:

Massa:

- 1 ovo
- 6 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo (acabei usando 9, pq a massa ficou muito mole)
- 5 colheres de sopa de queijo ralado
- 1 pitada de orégano (...)
- 1 colher de sobremesa de fermento em pó
- 1/2 cebola
- 1 xícara de chá de leite
- 1/2 xícara de chá de óleo

Recheio: a gosto, pode ser carne picadinha, frango desfiado, sardinha refogada, lingüiça acebolada, queijo e presunto.

Preparo:

Coloquei o forno pra pré-aquecer, como manda o figurino. Não sei quanto tempo ficou, mas foi o suficiente para a preparação. Embora o site recomende temperatura média, deixei em fogo baixo, porque tive que usar aqueles terríveis fornos de fogão, que nunca lhe permitem saber a temperatura que o troço realmente está, e deixam a cozinha com cheiro de queimado.

Juntei os ingredientes da massa no liquidificador. Ao medir o óleo, coloquei um pouco menos de meia xícara, porque não gosto de muito óleo, e eu visualizei logo uma auto-infligida afecção cardíaca.

Eu sofri cortando as cebola em pequenos pedaços organizados, até lembrar que ia tudo no liquidificador. Como eu sou autista e não consigo sair da rotina, continuei a maltratar meus olhos até o fim, mesmo sabendo que era um sofrimento completamente desnecessário. De alguma forma, eu esperava ser compensada por isso.

Quando ia colocar o orégano, olhei bem para o vidrinho que estava segurando (mania que adquiri depois do desastre das panquecas) e cheguei à conclusão que estava prestes a botar erva-doce na massa da torta. Ainda considerei a possibilidade por alguns segundos, quando eu não encontrei orégano. Então percebi que eu não seria capaz de distinguir o que ali seria orégano. Antes de me desesperar, recorri ao google imagens, e comparei o que havia na cozinha com as fotos, até decidir que simplesmente não havia orégano. Para não deixar passar, coloquei uma pitada de algo amarronzado que cheirava a tempero.

Enquanto tudo estava sendo batido no liquidificador, fui inventar um recheio qualquer. Cortei o resto do presunto da geladeira, e metade do queijo mussarela remanescente em quadradinhos (o que me trará o ódio eterno de minhas irmãs assim que elas forem atrás de cafe da manhã), e destrocei o resto do frango cozido que tinha sobrado do almoço (com o molho, as batatas e tudo... pois é, eu sei...).

Em vez de untar o pirex com óleo propriamente, eu espirrei ele pelo fundo do vidro e fiquei balançando pra um lado e pro outro pro líquido espalhar, já que eu não queria lambuzar as mãos, nem se auxiliada por um guardanapo. Então joguei um pouco da massa e percebi que a forma era muito grande pra o conteúdo, e que não iria sobrar muita massa pra jogar por cima do recheio. Mesmo assim, dei uma espalhadinha, joguei o recheio, e coloquei mais massa em cima, que não foi o suficiente pra cobrir tudo. Mas como o recheio afundou de qualquer maneira, não fez muita diferença. E finalmente a coisa foi ao forno.

O tempo sugerido é 30 min. Depois de dar uma organizada na cozinha, vi que daria para eu assistir um episódio da segunda temporada de Will & Grace (que durou um pouco mais de 20 min) e ainda por cima, colocar mais para download. Assim fiz, e quando fui verificar a torta, não estava nem perto de parecer assada.

Nesse meio-tempo minha mãe chegou, quase atingindo estado de berserker rage devido à fome. A minha famílai tende a ficar irracional sob privação de comida. Incentivei-a a esperar mais um pouco pela torta, para provarmos o resultado juntas, e, para distraí-la, comentei que não tínhamos orégano. Ela disse "tem sim" e me mostrou o pote de vidro que até então eu pensava que continha erva-doce... foi aí que oficialmente eu reconheci que não sabia reconhecer temperos sem uma etiquetazinha com o nome...

Mas bem, voltando à torta ainda crua, cogitei que isso deveria ser devido ao fato de eu ter deixado em fogo baixo, então não me abalei. Ajustei a temperatura para um meio-termo, e resolvi assistir a outro episódio de Will & Grace (2x21 - interessante notar que nesse episódio, Karen Walker quer aprender a cozinhar... me identifiquei tanto...).

Eu sei o que vocês estão pensando: "Ela foi assistir ao episódio e deixou a torta queimar". Não foi bem assim... na metade do episódio, eu pausei e fui ver a torta. Percebi que o molho do frango que eu deveria ter tirado estava empapando a torta, e que a massa ainda não estava com cara de quem se deixaria assar facilmente. Voltei, então, para assistir o resto do episódio, e quando ele estava prestes a acabar, ouvi um grito da minha mãe com o meu nome embutido. Devolvi o grito, dizendo para ela esperar, e quando tudo acabou e eu iniciei outro download, fui para a cozinha. E aí, sim, a torta havia queimado...

A parte de baixo era uma crosta dura carbonizada, e na de cima, eu juro que podia notar alguns tons de cinza misturado com o bege moreno. O meio ficou mole, cru eu diria, já que a massa só se manifestava em cima e em baixo. O fermento aparentemente se recusou a fazer seu trabalho, porque não ficou nada fofo (fora que o resquício do molho do frango realmente não ajudou a criar uma "massa").

Maaas... tirando a parte que obviamente deve ser jogada no lixo, até que deu pra comer aum pouco da metade de cima da torta, o que me fez pensar que ela deveria ser ótima (ou isso, ou eu sou capaz de comer qualquer coisa)...

Miojex com estilo ou Miojão do que tem na geladeira

Está em casa sozinho, sua mãe não está em casa, não tem pique nem vontade de cantar uma bela cancão, mas seu estômago não te deixa em paz e parece tocar uma sinfonia de Beethoven em roncos?

Não desespere! Eu trago a solução! Para aqueles que acompanharam o Grude a Carbonara Tila Style, trago até vós a versão fast, salva-vidas e relativamente gostosa do risotão: o Miojão do que tem na geladeira.

É simples. Pegue o miojo que encontrar em sua casa, cozinhe-o de acordo com as instruções da embalagem e tire o excesso da água.

Enquanto ele cozinha, separe os outros ingredientes. Abra sua geladeira e veja o que tem dentro. Queijo mussarela? Ótimo. Presunto ou salsicha? Serve. Restos da carne do almoço? Bom demais.

Parta os ingredientes que tiverem de ser partidos em pedacinhos pequenos, jogue na panela do miojo, misture tudo e voilá!

Com base na média dos ingredientes que normalmente eu tenho dentro da geladeira, segue duas das minhas receitas habituais.

MIOJÃO DE FRANGO

INGREDIENTES

- Miojo cozido (1 pacote, sabor frango caipira)
- Frango desfiado (a gosto)
- Mussarela partida em pedacinhos (a gosto, pra mim sempre muito)
- Creme de Leite (1 ou 2 apertões na caixa, para usar a medida da minha nobre colega)
- Requeijão (2 colheres cheias)
- Azeite (a gosto)
- Alho (1 dente)

PREPARO

Em uma panela, refogue o frango desfiado no azeite e alho. Jogue o miojo dentro. Depois coloque o requeijão, o creme de leite e 1/3 do pacote de tempero do miojo. Por fim, coloque a mussarela e misture o miojo até que ela derreta.


MIOJÃO DE PIZZA

INGREDIENTES

- Miojo cozido (1 pacote, qualquer sabor)
- Salsicha ou presunto (a gosto)
- Mussarela partida em pedacinhos (a gosto)
- Molho de tomate (a gosto)
- Requeijão (2 colheres cheias)

PREPARO

Se usar salsicha, garanta que ela já esteja cozida (recomendo 1 minuto no microondas em potência máxima). Na panela do miojo, coloque o molho de tomate e o requeijão. Misture. Coloque o presunto ou a salsicha (cozida) e o queijo mussarela. Misture tudo até que o queijo derreta.


ATENÇÃO!! Não coloque toda a mussarela de uma só vez, senão fica aquele bolo de queijo todo junto. Coloque um pouco, misture, coloque mais um pouco, misture e repita o processo até acabar o queijo. Essa dica vale para o risotão também, eu pessoalmente prefiro misturar o queijo nele a colocar por cima.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Grude à carbonara

Pra quem joga, já jogou, ou jogará The Sims (recomendo especialmente o 3... vc pode comprar os negócios da cidade e viver de renda! - óbvio que isso só acontece quando vc já é rico, muito rico... seja por sofrer a vida toda se estressando com trabalho/casa/família, ou usar cheats, como eu :P), "Grude à carbonara" é o nome de um prato que seus sims aprendem a cozinhar só, com níveis baixos de culinária.

Como toda boa história de cozinha, ontem eu estava com fome, não tinha jantado ainda, era tarde e eu estava com preguiça, então resolvi consultar o oráculo, Maja, atrás de algo rápido, fácil e comestível. Ela me veio com isso:

Maja diz (21:53):
pega macarrao ou arroz
Maja diz (21:54):
mistura com queijo, creme de leite ou requeijao (ou os dois)
presunto, carne ou salsicha
no fogo ou no microondas


E lá fui eu testar o "risotão do que tem na geladeira", como ela mesma chamou, para o jantar...

Ingredientes que usei:

- 5 colheres de sopa de arroz (já pronto, viu? - o meu foi sobra do almoço)
- 1 colher de sopa cheia de requeijão
- 1 apertão na caixa de creme de leite (minha medida padrão)
- 1 porção (leia-se: qde que sobrou em um pote de plástico pequeno... mais ou menos 1/4 dele) de strogonoff de atum (?? - não sei exatamente o que é isso, foi minha mãe que fez... acho que ela juntou o conteúdo de uma latinha de atum com creme de leite e colocou no fogo por um tempo)
- 2 fatias de queijo mussarela

Preparo:

Misturei o arroz, o creme de leite, o requeijão em um prato fundo de vidro com uma colher, depois adicionei o strogonoff. Por cima da gororoba, deitei carinhosamente as duas fatias de queijo, e coloquei no microondas por 2 min.

O queijo derretido por cima deu um aspecto decente ao prato e me fez lembrar vagamente uma lasanha. O gosto também não decepcionou e eu solucionei meu problema de fome (ainda bem que ela tempera tudo).


Já hoje, a minha mãe logo cedo anunciou que ia sair de manhã para fazer o curso de auto-maquiagem da Boticário e, como ia voltar tarde, não ia fazer almoço. Achei por bem reeditar a receita e me poupar do trabalho de fazer uma refeição como se deve (mesmo pq isso não ia acontecer... além de não saber cozinhar, eu estou doente :P).

Eis como se deu...


- 5 colheres de sopa de arroz (sim, as sobras do almoço de ontem...)
- 1 colher de sopa cheia de requeijão
- 1 apertão na caixa de creme de leite (minha medida padrão)
- 1 fatia de presunto de peru cortada em quadradinhos desajeitados
- 1 sobrecoxa de frango assado desfiada (resto do galeto de X dias atrás que ainda sobrevivia na geladeira)
- 2 fatias de queijo mussarela


Preparo:

Basicamente o mesmo. Mistura tudo com uma colher no prato, coloca as fatias inteiras de queijo por cima e leva ao microondas.

O aspecto ficou o mesmo, mas o gosto... bem... digamos que quando vc usa muitos ingredientes que estão guardados há muito tempo na geladeira, o risotão fica realmente com gosto de geladeira...

Eu ainda tentei salvar colocando sal, ketchup e mostarda, e olha que eu nem gosto de mostarda... ficou comestível, mas como eu não tava com muita fome, o tempero não foi tão eficaz...

Panquecas reloaded

Depois de me ver jogando no lixo boa parte da dispensa, devido ao vencimento do prazo de validade, minha mãe decidiu repor o estoque e, entre os novos itens, comprou farinha de trigo passível de ser consumida.

Foi aí que eu decidi insistir na panqueca de leite condensado... dessa vez, fazendo menos, já que era só pra mim, e atentando para ingredientes estragados... fiz, então, a metade da receita...


Ingredientes:

- 1/2 lata de leite condensado (não era nestlé :P)
- 1 xícara de chá de farinha de trigo
- 1/4 xícara de chá de leite (ainda desnatado)
- 1/4 colher de sopa de fermento em pó (ok, acabou sendo a metade... isso não é exatamente fácil de medir)
- 1 ovo

Nota: não tinha mais essência de baunilha, então fiz sem...


Preparo:

Bati tudo no liquidificador, juntando os ingredientes sem nenhuma surpresa desagradável, e fritei sem maiores problemas, tal qual da primeira vez.

Dessa vez, mesmo sem a baunilha, ficou ótimo. Tudo sairia perfeitamente se eu nao tivesse tido a idéia de rechear com doce de goiaba cremoso. Mas até que não ficou ruim... apenas poderia ter aproveitado melhor uma panqueca tão boa com um recheio mais gostoso (leia-se: digno)...

Spoiled ou O dia em que meu cérebro parou

Estávamos em um chat group no msn, dissertando sobre uma temática indeterminada, quando tudo acabou em não sair, como de praxe quando eu estou envolvida. Então, Carol fez alguma espécie de ameaça à honra de Maja, que, em contrapartida, chantageou-a negando apresentá-la suas panquecas de leite moça...

Aquilo acordou em mim algo que estava há muito tempo adormecido: panquecaaaaaaaaaas!

Eu adoro panquecas. São fáceis de fazer, rápidas e gostosas, embora eu nunca tenha realmente acertado um bom recheio. Uma vez minha querida amiga Andrea Rachel me ensinou um com bananas em rodelas, chocolate e água... devia ter mais alguma coisa, mas eu não lembro, e também nunca ficou muito bom quando eu fiz.

Então, já que Maja não fornecia a receita dela, eu procurei na internet e para o meu completo choque e estarrecimento, encontrei como fazer panquecas de leite moça no site da nestlé: http://www.nestle.com.br/site/cozinha/receitas/panquecas_de_leite_moca.aspx (:P)

Mas bem... eu não me orgulho do que estou prestes a contar. Eu não estava particularmente com fome, era tarde da noite, mas queria testar a receita a todo custo...


Ingredientes:

- 1 lata de leite moça (e novamente eu usei leite moça light... mas foi a última lata, eu juro!)
- 2 xícaras de chá de farinha de trigo (...)
- 1/2 xícara de chá de leite (aqui em casa só tem leite desnatado, então...)
- 1/2 colher de sopa de fermento em pó
- 1/2 colher de chá de essência de baunilha (...)
- 2 ovos


Preparo:

Joga tudo no liquidificador e bate. Depois de derramar o leite moça light (argh...), eu fui colocar a primeira xícara de farinha de trigo e vi que ela oferecia uma certa resistência em preencher suavemente a chávena e estava meio empelotada demais. Mesmo assim, persisti, e coloquei o conteúdo no copo do liquidificador. Foi aí que tive o brilhante insight de olhar a validade da farinha...
...
...
Outubro de 2009.
...
...

Maravilha. Lá fui eu procurar outro saco de farinha de trigo, e encontrei. Tinha um aspecto bem melhor. Este tinha vencido apenas em Janeiro de 2010...
...
...

Cometendo o erro de não deixar isso me abalar, continuei com o preparo (e não joguei fora o que já tinha colocado no liquidificador). Juntei os ovos, o fermento, o leite, e quando chegou a hora da baunilha, eu até vi que ela tinha vencido no dia 01 de junho de 2010, mas que diferença faria para aquela arma de destruição em massa biológica?

Na hora de fritar (e virar), não tive grandes estresses, ao contrário de quase todas as minhas experiências com panquecas. Derreti manteiga na frigideira de teflon e colocava uma concha de massa por vez. A quantidade dá pra umas 16-18 panquecas (dependendo de quão finas elas ficam). Como era muita panqueca, eu só fiz 3 e joguei o resto da massa (que era o que eu deveria ter feito de início).

Sim, eu comi uma. Uma vontade inenarrável de verificar o resultado de minha loucura me compeliu a cometer essa estupidez. E a panqueca estava boa, ainda quente, apesar do leite moça light (que bem... dá aquele gosto horrível no final), e, obviamente, dos 90% de ingredientes estragados (ok, vai, deve dá uns 35%). Não tive coragem de comer mais, mas ainda ofereci uma para minha mãe, para ela comprovar meu crescente talento culinário, e a outra eu deixei na geladeira, por motivos que sinceramente não sei dizer (como o título do post diz: meu cérebro parou).

Naturalmente, eu paguei o preço. Passei mal horrores e temi a minha morte. Felizmente, eu guardava um anti-ácido efervescente de limão na bolsa, herança de um dia que tive algumas reações adversas no shopping. Não que fosse um protetor eficaz de estômago, mas no mínimo serviria ao efeito placebo. Tomei ainda um tylenol, devido a uma dor de cabeça infeliz, e fui dormi, incerta se veria o sol pela manhã.

Não vi porque acordei depois da hora do almoço e, tecnicamente, era de tarde. Descobri, ainda, quando fui tirar da geladeira a panqueca assassina remanescente, que alguém havia se servido dela no café da manhã. Fiquei calada esperando o prenúncio de alguma tragédia, mas nada aconteceu. Minha família e eu estamos vivos. A não ser que, quem comeu a panqueca tenha sido uma visita, mas eu não soube de nenhum óbito ainda...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mousse de Chocolate - o retorno (com cheats)

Depois de errar no mousse de chocolate (também), mesmo com um espanhol gatinho lhe dando instruções, qualquer um ficaria chateado, triste, desanimado, sem vontade de cantar uma bela canção...

Mas um dia, depois que todo o meu "bagulho" de chocolate tinha acabado, em uma tarde especialmente monótona (apesar de felizmente estar só em casa), resolvi tentar de novo.

Ingredientes (os mesmos, obviamente):

- 4 quadrados daquelas barras de chocolate para derreter (acabei usando mais, pra acabar com o resto da barra)
- 3 gemas
- 3 claras
- 3 colheres de açucar
- 1 colher de margarina
- um quantidade indefinida de creme de leite (eu dei um apertão na caixa.. ou dois)

Preparo:

Depois de separadas claras e gemas com a mesma expertise do dia anterior, dessa vez resolvi seguir fielmente meu instrutor do youtube e misturei as gemas com o açucar. Derreti o chocolate em banho-maria como deve ser, adicionei a margarina e o creme de leite e misturei tudo, tentando mexer sempre e tratando aquilo como uma preparação de brigadeiro. Quando o creme "soltou" do fundo da panela, desliguei o fogo e misturei a gemada, mexendo bem.

Agora vinha a temida hora da clara em neve, mas dessa vez estava preparada, com um truquezinho que aprendi com meu querido amigo Diego: coloca a clara numa tigela que pode ir ao microondas (e com a qual vc vai levá-la à batedeira) e cozinha a clara até que se forme uma borda esbranquiçada. Ele disse que isso eu conseguiria em 3 segundos, mas que se não, fosse de 3 em 3 segundos que um dia chegava, porque eu teria que ter cuidado pra não cozinhar demais... só que fazendo isso, eu passei bem uns 15 segundos em intervalos de 3, e nada... até que resolvi deixar 15 segundos ininterruptos e voilá! Aí é só bater e ver a neve miraculosamente se formando na sua frente....

Com a clara em neve em mãos, vc vai adicionando-a aos poucos à mistura de chocolate, para dar aquele aerado no mousse e a consistência de... bem.. de mousse. :P Confesso que chegou uma hora que não tive mais paciência e joguei todo o resto de uma vez só, mas até que tava indo bem...

No fim, depois de um tempo na geladeira, eu realmente pude chamar aquilo de mousse. Ficou bom, mas o gosto não era maravilhoso, como "o-melhor-mousse-que-já-provei-na-vida-mas- não-lembro-onde". Também não ficou ruim. Melhor que muito mousse que já comprei. Pra ser sincera, o gosto estava bem parecido com o do dia anterior, mas essa receita definitivamente deu mais certo. E acabou rápido também.

Bolo de Caneca

Hello people,

Em minha defesa, gostaria de dizer que a receita da batata sempre funcionou comigo xD. Shame on you, Tila, por ter desiludido as pobres pessoas a quem eu já compartilhei a receita. Ela sempre foi um hit... pra quem acerta.

Mas hoje não vamos falar de batatas. Hoje vamos falar de chocolate. Existe coisa melhor?

Para aquelas pessoas, como eu, que gostam de coisas que adoçam a vida e causam dor e sofrimento ao subir na balança depois, mas morrem de preguiça de fazer algo longo e demorado tipo um bolo de verdade, eu divulgo a grande receita googleada de Bolo de Caneca, também conhecido como Bolo Três Minutos (é o tempo que dizem que leva), mas com algumas alterações que deixaram mais gostoso (na minha humilde opinião).

INGREDIENTES

- 4 colheres de sopa de farinha de trigo sem fermento
- 4 colheres de sopa rasas de açúcar
- 3 colheres de sopa de chocolate em pó ou achocolatado que tenha na despensa
- 1 ovo
- 5 colheres de sopa de leite

PREPARO

Misture dentro de uma caneca (óbvio) a farinha, o açúcar e o chocolate. Adicione o ovo e misture. Adicione o leite e misture.

Microondas na caneca por dois minutos ou três minutos (se quiser ele fofinho).

ATENÇÃO!!!! É possível que o bolo cresça durante o tempo no microondas, então presta atenção nele pra não fazer uma sujeirada e dar trabalho de limpar. Se ele tiver crescendo muito, no início, pause e coloque novamente. Repita o processo até ficar no ponto desejado xD

Outro detalhe. Pra ficar mais gostoso (e calórico), sugiro colocar calda de chocolate por cima... É facinho de fazer.

Misture leite condensado, um pouco de leite ou creme de leite (ou os dois), chocolate em pó (ou achocolatado), coloque no microondas até o ponto que desejar e espalhe por cima do bolo... Nham!

Novos desafios: Mousse de Chocolate

A internet é uma concepção maravilhosa...

Depois do insucesso do meu mousse de maracujá, apesar do resultado ter sido um troço bom de se comer nas horas vagas (apesar do "light" no meio), continuei a perseguir novos caminhos gastronômicos e resolvi tentar aquilo que sempre evitei, mas adoooooooooooooooro comer: mousse de chocolate.

Procurei por receitas em sites, que me davam preguiça só de ler, quando lembrei da sugestão simples e eficaz de minha amiga, Andrea Rachel: aprenda a cozinhar pelo Youtube.

Deparei-me, então, como um cozinheiro gatinho apresentando sua receita em espanhol. O apelo visual me foi irresistível: http://www.youtube.com/watch?v=U0TOg9F0byk&playnext_from=TL&videos=ku-SNvg9eSA

Juntando a receita dele, com outras coisas que li, e mais as dicas desse vídeo, que achei ajeitadinho: http://www.youtube.com/watch?v=8Qk0xDsaGZY&playnext_from=TL&videos=pYz2rER3fB4 (não o cozinheiro, mas o preparo que ele ensina), concebi isso:

Ingredientes:

- 4 quadrados daquelas barras de chocolate para derreter
- 3 gemas
- 3 claras
- 3 colheres de açucar
- 1 colher de margarina
- um quantidade indefinida de creme de leite (eu dei um apertão na caixa)

Preparo:

Primeiro, separei as claras das gemas. Sim, foi sofrido e nojento, mas eu consegui, até com uma margem boa de sucesso (obviamente, um pouco daquela parte grossa da clara grudou na gema, e eu que não ia me arriscar a tirar pra não estourá-la). Não sei pq, mas eu misturei as gemas e a manteiga primeiro. Não ficou lá um creme, como vcs podem bem imaginar. Derreti o chocolate em banho maria, e adicionei o creme de leite, pra ficar cremoso e juntei com a gemada, mexendo bem, com o fogo ainda ligado. Depois foi a vez de bater as claras em neve... eu tentei fazer tipo "merengue", batendo com o açucar, mas também não deu muito certo. Ficou basicamente clara batida com açucar.... então, no final, eu misturei tudo, coloquei no meu refratário de vidro velho de guerra, coloquei no freezer e rezei...

Na receita, se eu não me engano, diz pra ficar 1h no congelador, e foi mais ou menos isso que eu fiz. A consistência não ficou boa, devido à falha nas claras em neve, e ficou meio empelotado pq a margarina não se misturou bem, mas como tinha chocolate derretido no meio, não tinha como ser um desastre total, e eu não me fiz de rogada... me entupi de "creme levemente congelado e depois derretido de chocolate" enquanto durou o estoque...

O mousse de maracujá

Em meio ao meu dilema existencial, eu estava procurando cursos de culinária em João Pessoa. Recebi várias sugestões, mas o que mais me encantou foi um Curso de Cozinha Internacional que prometia ensinar sobremesas chics, pães, pratos de restaurante... durante 6 meses, por R$2.100...

http://www.chefatimalima.com.br/sitecheef/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=31

Meu sonho de ser uma chef do dia pra noite como nos filmes morreu...

Aí, para me confortar, resolvi fazer algo que sei bem (pq já fiz várias vezes e é fácil), após anos tentando arrancar a receita milenar de família de minha amiga Milena, aprendida no programa da Ana Maria Braga: mousse de limão.

Só que não tinha limão.

Aí lembrei que tinha polpa de maracujá e já tinha lido várias vezes, assim como também já haviam me contato, que essa receita pode ser feita com qualquer sabor de fruta que desejar (e não fique muito esquisito).

Então lá fui eu em busca do meu mousse...

Ingredientes que usei:

- 1 saco de polpa de maracujá de 100g congelado
- 1 caixa de creme de leite
- 1 lata de leite condensado (no caso, por questões de peso na consciência, resolvi usar leite moça light... pois é...)


Preparo:

Junta tudo no liquidificador e bate por muito tempo (idealmente mais de 5 min, alguns sites dizem 20 min). Graças à minha irmã que ficou me abusando por deixar o liquidificador ligado, acabei tendo que bater por pouco tempo porque não pude conter meu ódio e queria sair logo da cozinha. Coloquei num refratário de vidro e depois no congelador.

Eu não lembro agora exatamente quanto tempo ficou, mas quando eu vi, já tava duro demais. Congelado, com direito a cristais de gelo condenando para sempre a consistência do mousse que deveria ser cremosa. Depois botei ele na geladeira, e ficou mole demais. E assim fiquei, entre freezer e geladeira, até dar fim ao "gelado" de maracujá. E bem... lembra do leite moça light? Pois é... não aconselho....

Eu oficialmente tinha estragado uma das poucas receitas que tinha dominado na vida. Juro que já fiz o mousse de limão perfeito algumas vezes, sem cheatar com gelatina! Talvez seja o caso do "eu só sei com laranjas"...

Nota pós-post: Ele ficou muito parecido ao mousse de limão, com relação a cor.... isso me fez sentir um pouco como o Chaves, fazendo um mousse de maracujá que parece com limão e tem gosto de tamarindo...

Jair Rodrigues - o começo ou a batata assada da Maja

Tudo sempre começa com filmes...

Você assiste, vê que sua vida é uma merda e decide mudá-la. In casu, decidi aprender a cozinhar.

A motivação principal foi "Julie and Julia"... e é daí que também veio toda a idéia do blog, pra quem eventualmente se perguntar.

Depois vieram outros filmes de culinária, como Estômago. E teve outro tb que eu não lembro qual é exatamente mas tenho certeza que me fez querer ser uma pessoa melhor.

E eis que, em uma bela manhã de sol... ou tarde chuvosa... ou noite estrelada, não lembro ao certo... estava eu dando uma de Jair Rodrigues: "não tou fazendo nada, você também" e resolvi tentar cozinhar algo... inusitado, diferente... que eu nunca tinha feito antes...

Ah, agora lembrei... era de tarde, eu estava morrendo de fome e não tinha nada de bom na geladeira... e fazia sol... era bem na época do calor infernal...

Então recorri à sapiência de minha amiga Maja, que me forneceu sua receita de batata recheada. Eis como eu a fiz (o que não necessariamente reflete o que ela passou):

Ingredientes:

- Duas batatas grandes (ok, elas não eram grandes, mas era o que tinha)
- 1/2 colher de sopa requeijão
- 1/2 fatia de queijo mussarela picada
- 1/2 fatia de peito de peru defumado picada
- 1/2 colher de sopa de creme de leite
- 1 pitada de mostarda

Preparo:

Lavei as batatas e fiz milhares de pequenos furinhos em sua casca com a ponta de uma faca. Coloquei em um prato de vidro e levei ao microondas por hmm.. o3 min ou 5min?? Ah, o total do tempo é uns 5 min, mas tem que parar na metade para virar as batatas... Bem, depois de assadas, abri uma "tampa" em cada batata e, com uma colher, tirei o miolo, fazendo-as ocas... misturei o "purê" com o resto dos ingredientes e recheei novamente as batatas... como tinha mais recheio que espaço dentro das batatas, o resto eu joguei por cima e pelos lados...


Então lá fui eu provar o produto final. O recheio tava bom, obviamente, embora sem sal. Não tinha muito o que sair errado ali. As batatas, por sua vez, ficaram muito murchas... acho que cozinharam/assaram demais ou eram muito pequenas... e a casca, bem, digamos que não ficou a mesma coisa que aquelas batatas gostosas ao forno...resultado: destrocei uma batata, dei umas 4 garfadas, ofereci o resto à minha mãe (que ficou meio desconfiada e logo percebeu a razão de minha generosidade), e fui procurar algum biscoito...